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Me formei e veio a pandemia: o que eu faço agora?

Dúvidas e incertezas, esses são os principais sentimentos dos administradores recém-formados no contexto da pandemia. As pessoas precisaram não somente se adaptar aos novos hábitos de higiene, mas foram forçadas, também, a alterar o jeito de trabalhar e repensar suas próprias prioridades. Há quem diga que o momento revelou costumes e práticas jamais vistas no mercado de trabalho, mas, em contrapartida, outros revelam que passaram a refletir ainda mais sobre o futuro. 

Especialistas revelam que entre a fase pós-Trabalho de Conclusão de Curso e a procura de emprego, existe uma intensidade de insegurança que deve ser encarada com normalidade. Nesse contexto, o Semesp, entidade que representa mantenedoras de Ensino Superior do Brasil, lançou a terceira edição da Pesquisa de Empregabilidade, produzida com o apoio da Symplicity, da Cia de Talentos e da InfoJobs. O objetivo é revelar a inserção no mercado de trabalho das carreiras por área, além da posição dos profissionais que saíram de instituições públicas e privadas de todas as regiões do país.

De acordo com o levantamento, os egressos de 2019 a 2021 foram os mais afetados pela pandemia, em termos de empregabilidade. Eles representam mais de 64% entre os respondentes que não conseguiram emprego. 

Hoje ou amanhã?

Para a diretora de Formação Profissional do Conselho Federal de Administração (CFA) Cláudia Stadtlober, os estudantes possuem caminhos diferentes a percorrer ao longo da jornada como graduandos, mas é preciso determinação e a escolha de prioridades. 

“Começar a estagiar, ter experiência prática somada a teoria, formar principalmente o network e conhecer profundamente o ambiente de trabalho – são opções de  enriquecimento do currículo, mesmo que depois faça-se a  opção de empreender ou prestar um concurso público. É preciso estar atento às oportunidades, mas também é necessário estar preparado para quando elas aparecerem”, afirmou Stadtlober – que também é professora universitária

Demandas da Administração

Durante a pandemia, o presidente da autarquia, Mauro Kreuz, participou de um evento virtual realizado em parceria com o Instituto Superior de Gestão de Lisboa/Portugal, cujo tema central – tratou da “Gestão, empregabilidade e os desafios da profissão no contexto de pós-pandemia”.

Naquela ocasião, Kreuz ressaltou problemas atuais da educação no Brasil e garantiu que a cada dez demandas no mercado de trabalho por profissionais qualificados, sete são na área da Administração. “Curiosamente, essas vagas não são preenchidas e não é por falta de candidato, é porque eles não reúnem as competências profissionais para ocupar esses espaços”, explicou.

O presidente chamou atenção, ainda, para a Revolução 4.0. Segundo Mauro, a lógica pedagógica do atual modelo de ensino brasileiro ainda está na Revolução 1.0. “Os alunos aprendem por caixinhas, por disciplinas e não por forma sistêmica, dialética, integrada e focada em competências profissionais e o mercado de trabalho dialoga com essas competências. Por isso, o modelo atual de educação precisa ser modificado”, justificou. 

É hora da mudança!

Concurso, mercado de trabalho, investimentos ou o próprio empreendimento, querendo ou não – todos esses setores necessitam de mão de obra qualificada e pronta para a atividade fim: administrar, gerenciar e planejar as atividades das instituições e empresas – públicas ou privadas – do país. Na capital federal, inclusive, há oportunidades disponíveis para os administradores e os salários chegam a 12 mil reais.  As vagas são para a Fundação Universidade de Brasília e para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Em ambos os editais, o registro no Conselho Regional de Administração é obrigatório. Confira no vídeo do CFAPLAY!



Por Paulo Melo e Mirian Lucena
Assessoria de Comunicação CFA