Promover o trabalho decente é um dos compromissos da Gestão Compartilhada do Conselho Federal de Administração (CFA). A iniciativa visa ajudar o país alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas. A proposta ganhou o apoio do CFA em 2018 e, desde então, a autarquia trabalha para alcançar os 17 objetivos previstos no documento.
“Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um pacto de várias nações para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Aqui no Brasil eles também são conhecidos como Agenda 2030”, explica o conselheiro federal, Adm. Júlio Francisco Dantas Rezende.
O oitavo objetivo, por exemplo, trata do “Trabalho decente e crescimento econômico”. A partir disso, as nações e parceiros precisam desenvolver várias ações. Ao cumprir a data-base dos servidores na data correta, o CFA atendeu a meta de “proteger os direitos trabalhistas e promover ambientes de trabalho seguros e protegidos para todos os trabalhadores”.
Para Júlio, os profissionais de administração têm papel fundamental para ajudar as nações a alcançarem os objetivos da Agenda 2030. “O sentido da administração é contribuir para o desenvolvimento sustentável, por isso, o Sistema CFA/CRAs assim como todos os profissionais de administração precisam discutir e identificar ações práticas que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável”, defende o administrador.
Planejamento é a palavra-chave
Cada categoria tem a sua data-base e a dos servidores CFA é sempre no dia 1º de janeiro e, neste início de 2022, os colaboradores têm bons motivos para celebrar: é a primeira vez, em décadas, que direitos acordados entre as partes foram cumpridos no tempo previsto.
A celeridade nas negociações foi essencial para que os funcionários pudessem começar o ano com reajuste salarial. Contudo, para o diretor de Administração e Finanças do CFA, Adm. Francisco Rogério Cristino, isso só foi possível porque a Gestão Compartilhada se planejou para este momento. “Nos reunimos com antecedência e isso foi essencial para que pudéssemos negociar todas as propostas com calma e aprová-las, em comum acordo, a tempo do data base”, afirma.
Também participaram das negociações do data-base o vice-presidente do CFA, Adm. Rogério Ramos. As decisões foram chanceladas pela Diretoria Executiva e pelo Plenário da autarquia e tiveram apoio dos empregados do conselho. “A Gestão Compartilhada, com engajamento dos coordenadores, viabilizou e viabiliza que resultados como estes sejam alcançados”, diz Cristino, que é conselheiro federal do CFA pelo estado do Ceará.
Ele lembrou, ainda, que a Gestão Compartilhada não focou apenas em cumprir o data-base. Com o objetivo de valorizar os empregados mais antigos e garantir recursos para a manutenção dos demais colaboradores em tempos de pandemia, a autarquia viabilizou o Programa de Demissão Voluntária (PDV). “Isso propiciou o desligamento de vários empregados e trouxe ganhos financeiros para ambos lados”, destaca o administrador.
O diretor ressaltou, também, que a Gestão Compartilhada corrigiu e progrediu os empregados que apresentavam déficit na avaliação de desempenho, o que evitou a desmotivação e um passivo trabalhista. “Quando a gente se planeja para atender as demandas dos colaboradores percebemos que o clima organizacional muda, as pessoas trabalham mais felizes e isso é essencial para que uma organização cresça e alcance melhores resultados”, avalia o administrador.
CFA vai além
O compromisso do CFA com trabalho decente não se resume a proteger os direitos trabalhistas dos seus colaboradores. A autarquia é certificada pela pela ISO 9001:2015, iniciativa que garante qualidade no trabalho.
Além disso, o Conselho trabalha incansavelmente para garantir a atuação do profissional de administração nas micro e pequenas empresas (MPEs). Para isso, desenvolveu o Programa de Capacitação e de Formação de Multiplicadores de Conhecimentos em MPEs, que já ajudou a habilitar centenas de administradores para atuarem na área.
Contudo, o setor, que atualmente é um dos mais pujantes do país, sofreu os impactos da pandemia da Covid-19. Para ajudar os empresários a superar a crise e, desta forma, garantir o emprego de milhares de pessoas, o CFA lançou a campanha “Administrador e Empreendedor: unidos no fortalecimento dos negócios“. A proposta ofereceu consultorias gratuitas para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPP) que estejam enfrentando dificuldades para superar a crise.
Outra iniciativa do CFA é combater as fraudes nas relações de estágio. Para tanto, a autarquia celebrou acordo de cooperação técnica com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para garantir que os estagiários da área da administração não fiquem reféns de empregadores desonestos.
ODS no CFA e nos CRAs
Faz alguns anos que o CFA é signatário do Pacto Global, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) que busca engajar empresas e organizações na adoção de ações voltadas ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A autarquia realiza inúmeras práticas organizacionais alinhadas aos dez princípios da iniciativa da ONU, sobretudo no que diz respeito à área de meio ambiente, direitos humanos e trabalho.
Para cada um dos 17 objetivos previstos nos ODS, o CFA tem uma ação. Para mostrar cada uma delas, a autarquia produzirá uma série de reportagens. “Organizações, sejam elas públicas ou privadas, alinhadas aos ODS têm mais vantagens competitivas, estão mais preparadas para atender às necessidades de seus clientes, relacionam-se melhor com a sociedade, com governos, políticas públicas e incentivos”, explica Júlio, ressaltando que a proposta é engajar os 27 Conselhos Regionais de Administração (CRAs) neste trabalho.
Ana Graciele Gonçalves
Assessoria de Comunicação CFA