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Cultura e marcas que inspiram é tema da penúltima palestra do FIA 2025

Nesta sexta-feira, 28/11, a penúltima palestra do FIA foi sobre o tema “Empreendedorismo com Alma: Negócios que Deixam Marcas e Inspiram Gerações”. Com mediação do administrador Júlio César Abrantes, mestre em ADM e especialista em Administração e Estratégia Empresarial, o evento levantou questões sobre aquilo que fazem as empresas e marcas se destacarem perante seu público, os consumidores.

Após apresentação, Abrantes passou a palavra para o advogado e Cônsul para Assuntos Comerciais do Brasil no Consulado Geral da Áustria em São Paulo, Gunther Sucher. Ele apresentou todos os serviços desempenhados pelo consulado e apresentou pontos fortes que levam seu país a ser destaque no ramo de negócios.

Embora seja um país pequeno, com apenas 9 milhões de pessoas e pequena extensão territorial, se comparado com o Brasil, o país possui grande êxito no comércio internacional. O segredo, segundo ele, é a grande rede de cobertura que o país possui, por meio de suas câmaras de comércio, indústria e serviços.

Sucher destacou que outro diferencial de sucesso da Áustria acontece em razão do voluntariado. Lá existem cerca de 11 mil oficiais, dedicados ao comércio, que ajudam a definir os principais ‘pontos focais’ e subsidiam a todos nas tomadas de decisão.

“Quando uma pessoa ou empresa quer vender algo para outro país, ela nos procura e perguntam, por exemplo: ‘como podemos exportar cerveja para o Brasil?’ Então, iniciamos um estudo, ajudamos a definir o público, como esse produto pode chegar ao Brasil e muito mais”, explicou.

O diplomata contou, ainda, que seu país não procura apenas parceiros para negócios, mas também pensadores que podem contribuir para a evolução das empresas austríacas. Destacou os canais de comunicação da Câmara Federal de Economia da Áustria — no Brasil representado pelo consulado — como meio de levar a intenção de parceria de seu país para o mundo.

Cultura

Na sequência, falou o mestre em educação e referência no Linkedin em liderança e gestão de pessoas, Richard Uchoa. Fundador da empresa Revvo, ele logo chamou os demais para uma discussão sobre o que é cultura organizacional.

O segredo das marcas, segundo ele, está na cultura organizacional. Disse que aquilo que acontece dentro das empresas muda completamente os produtos e serviços e até mesmo a percepção do consumidor de tais organizações.

“Você entende o que é cultura quando vê o que acontece quando o chefe não está na sala. Comportamento é algo que por vezes precisa de supervisão”, brincou.

Uchoa diz que a cultura é construída por comportamentos e que ela começa na cúpula da empresa e por meio do exemplo. “Não adianta pensar que você vai mudar a cultura de baixo para cima, ela é construída primeiro pelas lideranças de uma empresa”, destacou.

A cultura, segundo o empresário, impacta as crenças dentro de uma organização. Ele exemplificou ao dizer que se um gestor grita com o empregado, a probabilidade de o colaborador reportar algum possível erro ou desvio dentro da organização é muito baixa, criando neste caso uma cultura negativa.

“Esse é um exemplo de como a cultura da conscientização e bem comum da empresa é iniciado. Veja que tudo isso está interligado por políticas de RH, de respeito comum e bem-estar de todos”, pontou Uchoa.

Ao final, ele retomou o tema da palestra e disse que as grandes marcas reúnem atributos que se inicia com políticas fortes de RH, muito mais que apenas com marketing. “Grandes negócios começam com líderes que dão bons exemplos, tudo isso resulta em empresas fortes que inspiram públicos internos e externos, além daquelas gerações de profissionais que tem contato com essas organizações”, finalizou.