Uma das propostas da gestão do Conselho Federal de Administração (CFA) liderada por Wagner Siqueira é implantação de novos modelos de gestão com inteligência em tecnologia que ofereçam, com total autonomia aos Conselhos Regionais de Administração (CRAs), condições objetivas de ampliação da base de registrados. Isso já era uma realidade nos regionais do Rio de Janeiro e Alagoas e, por conta dos bons resultados, o Sistema Integrado de Fiscalização e Autoatendimento (SIFA) passou a fazer parte do dia-a-dia dos CRAs de Mato Grosso, maranhão, Paraíba, Paraná, Ceará, Amazonas, Distrito Federal e Sergipe.

No primeiro semestre de 2018, a proposta do CFA é avaliar o funcionamento do SIFA nos regionais que receberam a ferramenta e, em seguida, implantar o Sistema nos demais CRAs. Motivos para continuar o trabalho não faltam: os relatórios de fiscalização gerados após o SIFA são impressionantes.

Para se ter ideia, por meio do SIFA os oitos Regionais enviaram 70.022 ofícios para notificar empresas que, segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae) em que estão enquadradas, exercem funções privativas da área da administração, mas ainda não possuíam registro. A fiscalização prospectiva nesses CRAs gerou, até o momento, 995 registros de pessoas físicas e 473 registros de pessoas jurídicas. Ver quadro por Regional abaixo.

Esses resultados tendem a aumentar a medida que os processos forem sendo concluídos, mas já são maiores que toda a história de fiscalização de alguns regionais. O CRA-SE, por exemplo, que implantou o SIFA em janeiro, já notificou mais de 2.400 empresas e, em poucas semanas, conquistou uma dezena de novos registros profissionais.

No CRA-DF, que antes do SIFA contava com pouco mais de duas mil empresas jurídicas registradas, deve triplicar esse número em breve. Em pouco mais de dois meses usando o SIFA, o regional notificou quase oito mil empresas e, até o fechamento desta matéria, já tinha mais de cem novos registros profissionais.

A fiscalização prospectiva realizada pelo SIFA é feita por meio de uma ferramenta de inteligência em busca de dados – o Bigdata – que permite ampliar o alcance das ações dos CRAs. Além de registrar mais empresas, o SIFA está oferecendo mais empregos para os profissionais de Administração, pois muitas empresas, para se adequarem às regras, precisam contratar um administrador como responsável técnico.

Autoatendimento – O SIFA também facilitou a vidas dos profissionais de Administração que, agora, podem contar com o autoatendimento. Com o SIFA, eles podem solicitar serviços ao Regional via on line como emissão de certidões, pagamento de anuidades, entre outros.

Até o momento, já foram mais de 16 mil autoatendimentos realizados nos oito CRAs que implantaram a ferramenta. “Nós estamos trabalhando com o que há de mais moderno em termos de sistemas integrados de informação e de utilização de tecnologia em que todos os conceitos de comércio eletrônico estão aplicados efetivamente na Administração Pública num conselho profissional”, diz presidente do CFA, Wagner Siqueira.

Entretanto, ele chama a atenção para a necessidade de mudar comportamentos. “Se a mentalidade e a cultura continuar no carro de boi, a gente não terá avanços. É preciso trazer as pessoas para essa realidade, pois a tecnologia só terá sentido se for para humanizar as relações entre as pessoas, para que profissionais de Administração e as pessoas jurídicas registradas possam ter tratamento mais adequado”, ressaltou Wagner.

*Do lançamento até 7/02/2018

Assessoria de Comunicação CFA