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Os desafios na volta do ensino presencial

Durante a pandemia da COVID-19, os colégios e faculdades como um todo migraram para o funcionamento à distância. Isto se popularizou como “ensino EAD”, e consiste na adaptação de tudo que funcionava presencialmente para o mundo digital: as aulas em salas viraram reuniões em aplicativos, os papéis impressos tornaram-se documentos de e-mail e, no geral, os estudantes ajustaram-se à nova realidade.

Um dos benefícios de poder fazer tudo sem sair de casa é fazer mais coisas ao mesmo tempo, afinal não existe mais pausa, nem deslocamento ou horário de terminar as tarefas. O acúmulo de demandas tornou-se comum, e o bom rendimento no desempenho das atividades propostas foi a causa principal para a popularização desse estilo de produção.

Com a volta ao modelo presencial (devido à amenização dos casos de Covid e à vacinação em massa), alguns desafios ficaram evidentes em uma esfera individual e coletiva. O tempo de isolamento acentuou a ansiedade dos estudantes e consolidou hábitos em ambientes com poucas pessoas ou até vazios, e sendo assim, o convívio com muitas pessoas em lugares pequenos agora alimenta uma certa fobia social.

Além disso, distúrbios mentais se tornaram mais frequentes devido à sobrecarga de atividades. Um exemplo que ganhou visibilidade na pandemia é a Síndrome de Burnout ou Síndrome do esgotamento profissional. As causas são justamente o excesso de trabalho e estudo, e seus sintomas mais comuns variam entre a exaustão extrema, esgotamento físico e estresse.

A capacidade de gerenciar deveres tornou-se essencial na volta do ensino presencial. As demandas de “home office” não cabem em um contexto que exige tempo de deslocamento, socialização e ainda urge por resultados, o que gera a necessidade de abrir mão de alguns projetos e oportunidades. 

Para o especialista em marketing digital e diretor de Comunicação e Marketing do Conselho Federal de Administração (CFA), Adm. Diego da Costa: “em primeiro lugar, é preciso ter uma rotina de cuidados pessoais que inclui higienização das mãos e o uso de máscara facial, principalmente em ambientes fechados. Outra dica que dou é: cuide também da sua saúde mental. Muitas pessoas desenvolveram quadros de ansiedade, depressão e estresse depois dessa pandemia e, para algumas, voltar a ter essa interação social pode ser gatilho para vários transtornos mentais. E, no mais, sugiro que o estudante organize sua rotina de estudos e encare os novos desafios com bom humor e leveza”.

Ao contrário do que se acredita no senso comum, o princípio de produtividade não está ligado a fazer muitas coisas diferentes, mas sim de fazer bem o que precisa ser feito. Priorizar a qualidade acima da quantidade é uma virtude diferencial para se destacar como profissional e estudante.

Em suma, a chave para se dar bem no retorno à vida presencial é a organização. Manter em mente qual rotina se deve seguir, diminuindo a quantidade de tarefas e executando tudo com zelo, os resultados serão voltados para uma vida na qual a excelência é um hábito. 

Maria Natália Terra

Com supervisão de Paulo Melo.