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Gestão estratégica passa por ‘conhecimento’

Futuro de empresa depende de informação e estudos sobre sua história

Matéria prima das organizações, a relação entre capital intelectual e suas competências tem passado por inúmeras transformações e mudanças de perfil ao longo das revoluções industriais e tecnológicas. Para adequar-se aos novos tempos, em que as empresas necessitam cada vez mais de informações objetivas e voltadas para as tomadas de decisões, é que surgiu a Gestão do Conhecimento (GC).

Muito mais do que apenas um termo aparentemente subjetivo, a GC veio para transformar milhões de dados em informações e depois em conhecimento. Na prática, isso se traduz em estratégias sobre como fazer determinados processos de trabalho e ações (internas e externas) com maior eficácia, eficiência e efetividade.

Os setores de marketing e recursos humanos estão entre os mais beneficiados pela gestão do conhecimento, de acordo com o administrador e mestre em gestão da inovação, Daniel Fonseca. Enquanto o marketing elabora estratégias para favorecer a empresa perante os concorrentes, e para conquistar e fidelizar consumidores, o RH utiliza os dados para elaborar ações como treinamentos e avaliações de competências, a fim de refinar o capital intelectual da instituição.

Estratégia

Fonseca destaca que todos os dados dentro de uma empresa devem ser analisados e potencialmente tratados como insumos para informações estratégicas. Também devem vir de todos os departamentos e tratados no âmbito de cada um deles, de acordo com os critérios que cada área achar mais relevante e imprescindível para a organização.

Até mesmo em setores não pensados à primeira vista, como o de limpeza, é possível extrair informações pertinentes sobre o rendimento e gastos de produtos e insumos — o que pode resultar em mais economia para a empresa. Somadas às informações de outros departamentos, o recurso poupado é passível de ser revertido em mais ações internas e externas, tais como em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou mesmo em inteligência de mercado e treinamento de colaboradores.

“Essas amostras, ou dados, podem ser analisadas de modo a produzirem algum tipo de significado (informação) que comece a fazer sentido quando relacionadas à receita organizacional. Colocadas em seu devido contexto, elas levam a organização a tomar decisões e chegar a conclusões estratégicas (conhecimento) quanto ao seu futuro”, explica Daniel Fonseca.

O administrador também ressalta que em um mundo cada vez mais competitivo, as organizações que não forem capazes de ter domínio sobre seus dados, e em consequência de seu conhecimento interno, não sobreviverão por muito tempo. Para ele, o novo paradigma gerencial vem aliado ao mundo pós-industrial, dominado pelo mundo digital, no âmbito da Quarta e Quinta Revoluções Industriais.

“Uma organização para se manter estratégica deve se debruçar quase que diariamente para colher e interpretar seus dados, além de compreender a complexidade social na qual está inserida. Sem isso, é difícil ter competitividade diante de um contexto em que cada pequeno detalhe faz a diferença”, diz.

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Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA