Segmento é a chave para manter competitividade das empresas em diferentes frentes de ação
Elegida como uma das áreas mais valorizadas da Administração, em 2020, segundo a consultoria Robert Ralf, a Gestão de Pessoas é muito mais do que a porta de entrada dos funcionários em uma empresa. Estratégica nas organizações, o departamento vai muito além dos processos seletivos e da condição de coparticipante nas contratações.
É no setor de Recursos Humanos — RH (como também é conhecido o segmento) que são pensadas estratégias para garantir o sucesso dos processos, dos colaboradores e dos negócios. Tudo por meio da otimização da Gestão de Pessoas.
Segundo o administrador Marcelino Tadeu de Assis, no quesito administrativo, o setor cataloga e administra banco de informações com dados pessoais e situação empregatícia de funcionários de toda a empresa. Também promove treinamentos em diferentes áreas: em geral as que exigem execução de processos de trabalho.
A diversidade de tarefas, segundo ele, é abrangente e ainda engloba atividades típicas de departamento pessoal, tais como cálculo de salários, férias e situação previdenciária. Na mesma linha, também gerencia os direitos e deveres trabalhistas, bem como a segurança e a saúde ocupacional.
Na gestão de pessoas, propriamente dita, por meio de programas de avaliação, o setor mede o conhecimento, a qualidade das rotinas e a produtividade dos trabalhadores. Segundo Assis, o departamento de Gestão de Pessoas também realiza funções que, embora sejam conhecidas, possuem nomes técnicos incomuns. Uma delas é o retention bonus (bonificação para retenção de pessoas-chaves) — estratégia para reter os talentos que mais se destacam na empresa.
“Outra atividade não tão conhecida é a “designação internacional”, processo de mobilidade do empregado, e de sua família, para outro país. A importação e exportação de talentos são importantes atribuições dos analistas de gestão de pessoas”, descreve.
Assis conta que o RH ainda gerencia provisões de recursos financeiros para o hiring bonus — verba destinada à contratação de empregados considerados chaves para o desenvolvimento da empresa ou de um produto ou serviço específico. O departamento também articula o non compete agreement, contrato entre funcionário e empresa, em que o trabalhador não pode entrar em competição de mercado, com a instituição que faz ou fez parte, durante o tempo em que está na ativa ou depois de ter passado pela instituição.
Estratégia
Entre as funções mais conhecidas, e estratégicas, do departamento de Gestão de Pessoas, está o de articular o onboarding. É o processo de integração e adaptação de novos colaboradores às políticas e normas da casa.
E as atividades do setor não param por aí. De acordo com o administrador e professor Marcelo Marujo, o valor estratégico do setor de gestão de pessoas está em lapidar profissionais em suas competências técnicas, comportamentais e posturas inovadoras dentro das organizações.
Marujo explica que o setor deve ser visto como sistema orgânico, interdependente, e que se retroalimenta para dinamizar pessoas e empresas, bem como subsidiar o mercado e a sociedade. Ele transmite o conhecimento sobre a missão, visão e valores das empresas, de modo a fazer com que os colaboradores ajam como um time ou uma tripulação que está no mesmo navio.
“É a Gestão de Pessoas (departamento) que deve empreender pessoas em seus conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e ética — assim como estimular competências orientadoras para a evolução dos profissionais e consequentemente da empresa. Por isso, deve haver integração e alinhamento de interesses para sanar as necessidades imediatas, de curto, médio e longo prazos”, diz.
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