Um dos primeiros eventos do Fórum Internacional de Administração (FIA), ocorrido no dia 26/11, em Brasília-DF, foi a palestra “Tecnólogo do Presente, Profissionais do Futuro: Compreendendo a formação, desafios e oportunidades”. Com mediação de Junior Branquinho, diretor do Portal Paralegal e tecnólogo em Gestão de Serviços Judiciais e Notariais, o evento reuniu profissionais com interesse em saber quais rumos as carreiras de tecnólogos podem ter e seus maiores desafios.
O mediador Júnior Branquinho abriu o evento e destacou que atualmente o Brasil conta com mais de 3,8 milhões de tecnólogos no mercado de trabalho. Ele, que também é tecnólogo em Gestão de Serviços Judiciais e Notariais, contou que a proposta de um curso tecnológico é formar profissionais para suprir rapidamente vagas que surgem no mercado.
“Os cursos tecnológicos são extremamente importantes para o mercado, dado a velocidade das mudanças no mercado e nos saberes de modo geral. No entanto, ainda precisamos ter melhor definição legal para que os tecnólogos saibam o quanto sua área é ampla e conectada com as mudanças da atualidade”, pontou.
Na sequência, o palestrante Rômulo Nascimento, tecnólogo em Gestão para Indústria de Petróleo e Gás, contou as diferentes áreas em que um profissional de sua área pode atuar e destacou os potenciais de tais cursos. Destacou que um dos principais pontos a serem explorados pelos tecnólogos é a visão de mercado que um graduado nos cursos tecnológicos deve ter para explorar melhor o mercado de sua área de atuação.
“Vejo que um dos principais problemas que existem entre os tecnólogos é não saber a tamanho de seu segmento atuação. Mesmo sendo formados para áreas segmentadas, ainda assim, qualquer curso de gestão tem atribuições amplas, mas é carente de mão de obra qualificada”, destacou.
Já o palestrante Jorge Bernardi, professor universitário e fundador de vários cursos de graduação tecnológica, destacou a história e evolução dos cursos nos últimos 20 anos. Também destacou a atuação de Branquinho, em seu canal no Youtube, que fala do funcionamento e potencialidades dos cursos tecnológicos, em especial sobre a possibilidade em ser profissional liberal e com isso gerar o próprio emprego.
“O objetivo da graduação tecnológica é preparar os cidadãos rapidamente para o mercado de trabalho. Você, Branquinho, criou essa função de profissional liberal em gestão notarial e isso é extremamente importante, pois isso dá um Norte e abre os olhos para quem está nesse mercado e também para outras áreas conexas à administração”, destacou.
Everson Matos, CEO das empresas Truvô e Delivo, startups voltadas a entrega de comida, contou como a graduação tecnológica em Gestão Comercial o ajudou na criação de suas empresas. Destacou que sua empresa é uma das poucas que empregam entregadores no modelo CLT.
“Minha empresa leva para dentro da sua casa ou empresa um modelo de entrega que trata com pessoas que são celetistas. Mas não é só isso, investimos na preparação desses profissionais para serem muito mais que entregadores, e sim pessoas preparadas para serem agentes sociais”, revelou.
Ao final, os palestrantes destacaram a importância de o Sistema CFA/CRAs fazerem mais projetos para dar maior segurança jurídica na atuação dos tecnólogos.
Leon Santos
Assessoria de Comunicação CFA
