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Estatística ainda é pouco explorada na ADM

Ciência de dados é promissora, mas ainda possui pouca atuação de administradores

Vista, por vezes, com medo e desconfiança pelos estudantes dos cursos de Administração, a estatística é um segmento ainda pouco explorado, tanto em potencialidade de uso quanto na ocupação de postos de trabalho. Inúmeros projetos de sucesso que ajudaram o desenvolvimento de países e instituições foram feitos por meio da parceria entre as duas áreas.

Entre as aplicações mais comuns da Estatística na Administração estão a produção de dados para tomada de decisão, controle de processos, de pessoas e análise de mercado. Segundo o doutor em Administração, Anderson Mól, até mesmo planos de carreira, avaliação de desempenho profissional, análise de lançamento de produtos e controle de qualidade tem a ciência de dados em seu DNA.

De acordo com Mól, conhecimentos em ciência de dados estatísticos oferecem ao administrador competências que servem de base para diferentes projetos no mundo dos negócios, sobretudo, nas micro e pequenas empresas. Por vezes, elas não dispõem de recursos para manutenção de uma gerência de inteligência em negócios.

Um exemplo seria na área financeira, onde o conhecimento pode ser utilizado no uso de modelos lineares nas previsões de demanda (faturamento) e de custos de despesas — necessários à construção de fluxo de caixa, associado a determinadas abordagens de cenários. “Se tivesse profissionais com habilidades desse tipo, muitas empresas poderiam ter se salvado durante a atual crise econômica”, avalia.

Mercado e pessoas

Já no departamento de controle de qualidade, as habilidades são necessárias para garantir menor variabilidade nas características dos produtos. Isso evita não apenas padronizar ou dar a mesma qualidade a todos os produtos, como também evita prejuízo com lotes defeituosos.

No marketing, as pesquisas de opinião e de mercado utilizam dados estatísticos, que servem para fazer comparação entre concorrentes, captar opiniões de potenciais consumidores e estabelecer diferenciação entre marcas. “Com isso, é possível direcionar planejamentos mercadológicos, criação de produtos e serviços, bem como direcionar as campanhas publicitárias a nichos específicos de mercado”, diz Mól.

Outra aplicação difundida em larga escala no meio empresarial são as avaliações de pessoas. Em passado recente, o desempenho era medido com base em performance individual e coletiva (de equipe). Atualmente, até mesmo a triagem de currículos utiliza dados estatísticos, por meio de áreas como People Analytics.

“Na área de gestão de pessoas, a Estatística serve para empregar modelos e testes de hipóteses e conferir se uma determinada política de treinamento está adequada. No varejo, por exemplo, o crescimento das vendas pode ser relacionado ao desempenho dos atendentes, se foi motivada por eventos externos do momento ou se foi um fenômeno aleatório”, explica Mól.

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Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA.