Visão, Missão e valor
Por Leon Santos
O administrador peruano Luis Cesar Molina Almanza é o entrevistado da edição 151 da RBA. Palestrante do Fórum Internacional de Administração (FIA/ CFA), realizado no mês de setembro em Belém-PA, ele aproveitou a visita para anunciar — ao lado do presidente Mauro Kreuz (CFA) e Gilmar Camargo (diretor de relações internacionais do CFA) — a fundação da Rede Internacional de Administração (RIADM).
Professor do ‘Instituto Superior Simón Bolívar’ e primeiro vice-decano nacional do ‘Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD)’, Almanza falou sobre administração, cultura latino-americana, educação e troca de conhecimentos.
Analisou o cenário do segmento em seu país e também sobre conhecimentos necessários para o mercado de trabalho da atualidade. Erudito e visionário, ele é hoje um dos principais nomes representativos da administração na América do Sul.
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Durante o FIA, o senhor, junto com membros do CFA, fundaram a RIADM. Por que ela foi criada e, na prática, como será o relacionamento entre o CLAD com a RIADM? Quais são os objetivos gerais e estratégicos desta nova organização?
No CLAD, desde a gestão 2018-2019 (do ex-decano nacional, Santiago Rosales Alvarado), tivemos a visão de estabelecer uma organização em escala global que fosse além da América Latina. Infelizmente, a pandemia dificultou as ações planejadas para estabelecer este bloco, ao restringir as viagens para Europa e Ásia. Pouco antes do término do meu mandato como decano nacional do CLAD, tive a oportunidade de visitar o CFA e encontrar colegas do Brasil com quem compartilhamos os mesmos ideais. Assinamos um memorando de entendimento que consolidou as ações de cooperação e estabeleceu o compromisso de cooperar e envolver os conselhos profissionais, câmaras de comércio e universidades.
A decisão dos dirigentes do CFA, na figura do seu presidente Mauro Kreuz e do diretor Gilmar Camargo, nos motivou a apoiá-los e estabelecer contatos, principalmente, com os países eurasianos que já aderiram à RIADM. Por meio de acordos firmados pelos reitores e presidentes, se não me equivoco, já temos a adesão de países tão distantes como Quirguistão, Cazaquistão, entre outros.
A RIADM é uma rede de cooperação em que cada membro mantém sua autonomia. O mais importante da rede é a velocidade em desenvolver cooperação e sinergia, é uma forma ágil de promover a cooperação. Precisamente, sob esse marco, foi realizado o ‘Seminário Internacional de Governança e Gestão Pública’, com a participação de palestrantes do Brasil, El Salvador, Bolívia, Índia, Paquistão, Rússia, México, Venezuela, Chile, Equador e Peru.
Da mesma forma, a RIADM vai colaborar com o Congresso da Rede de Pesquisa Educacional, que se realiza na Faculdade de Contabilidade e Administração da Universidade Autônoma de ‘Nuevo León’, no México. Espera-se também colaborar no ‘Congresso Internacional de Administração’ na cidade de Huánuco (Peru) e a colaborar com os Fóruns Internacionais em São Petersburgo, Ekaterimburgo, Cazaquistão, Quirguistão e Uzbequistão — para fortalecer as relações e integração dos parceiros eurasianos à RIADM. Esperamos poder negociar, no âmbito de colaboração, com Barbados, Índia, Turquia y Nepal que também se mostraram interessados em ingressar na RIADM. Aguardamos a confirmação de atividades desses países.