‘Empresas emergentes’, por definição, e inovadoras (em concepção), as startups têm virado o mundo de ponta-cabeça, seja por seu rápido crescimento organizacional ou pelo elevado poder de geração de lucro. A maneira inteligente e prática com que solucionam problemas (muitos dos quais há tempos existentes), ou mesmo situações que acabaram de surgir, ganham cada vez mais simpatia do público e de adeptos ao bom, barato e cômodo.
Segundo dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), até outubro do ano passado, o Brasil já tinha mais de 13 mil empresas do tipo e movimentaram cerca de R$ 12 bilhões no mercado nacional. O número poderá aumentar ainda mais, nos próximos dez anos, caso a legislação brasileira seja flexibilizada nos quesitos redução de burocracia, incentivos financeiros para abertura e capitalização, bem como diminuição de impostos.
E o que são startups? De acordo com o pesquisador e empreendedor americano, Steve Blank, autor do livro “Startup: Manual do Empreendedor”, tais organizações são consideradas empresas emergentes (por isso classificadas como temporárias) e estão em busca de um modelo de negócio que seja: 1) escalável (com capacidade de ser replicada em larga escala e gerar impacto positivo); 2) lucrativo (com possibilidade de grande lucro); e 3) recorrente (cujas receitas entrem de forma contínua).
Em cenário complexo e de incertezas, elas ainda possuem a característica de crescer mantendo proporcionalmente seus custos baixos em relação ao porte e aos gastos que eventualmente venham a ter com a expansão do negócio. Têm, ainda, a inovação em seu DNA, buscam a geração de valor e a resolução de problemas a partir de novos modelos de processos e de tecnologias.
“Uma startup (‘empresa emergente’, em português) para ser considerada como tal, ela precisa ter em sua proposta de existência um diferencial inovador e um modelo que permita ter alta taxa de crescimento, em curto período de tempo”, explica João Eduardo Tourinho, gestor de seleção de negócios da Liga Ventures — empresa que promove interações entre startups e organizações já consolidadas no mercado.
Segundo Tourinho, o que mais intriga aqueles que não são do ramo é a velocidade com que as empresas saem do zero e chegam até o estágio de sucesso de mercado. O curto espaço de tempo que demoram para atingir a posição de player, em seus respectivos ramos de atuação, permite considerá-las fenômenos empresariais.
“Os fatores externos para o surgimento ou aumento do número de startups nas últimas décadas são diversos. Sem medo de errar, podemos citar: o crescimento da indústria de capital de risco*, a pulverização (disseminação) do conhecimento e a intensa digitalização dos negócios”, avalia.
Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA
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