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Editorial RBA 150 – Em qual direção queremos ir?

Muitos fatos ocorreram ao longo deste bimestre, mas o destaque foi sem dúvida nas eleições brasileiras para cargos nos poderes executivo e legislativo, federal e estadual. Elas moldarão o ritmo do país nos próximos quatro anos e é nesse momento que oportunistas apresentam ideias generalistas, sem base alguma sobre como realizarão suas propostas.

A racionalidade aliada à educação — em especial via história, interpretação de texto e da fala, bem como a lógica — dão ao eleitor armas poderosas para desmascarar aqueles que buscam seu voto, sem depois nada fazer. Outra ferramenta essencial para ampliar a visão de mundo é o conhecimento sobre administração pública e gestão pública, pois serão, sem dúvida, quem darão subsídios para concretizar políticas públicas (na prática, as ações governamentais).

Imbuída de contribuir com a educação, tanto de nossos profissionais quanto do público em geral que simpatiza ou tem interesse sobre o mundo da administração e da gestão, a RBA 150 está no ar e traz temas pertinentes à maior parte das situações e períodos. Na matéria de capa, a jornada laboral de quatro dias é abordada não como tendência apenas, mas como resultado de algo que levou diferentes países a adotá-la.

Não é de hoje que as consequências psicológicas e sociais da pandemia são discutidas, mesmo sem a existência de pesquisas robustas que comprovem os danos causados pelo fenômeno sanitário. No entanto, no aspecto social, há levantamentos que demonstram novos comportamento de colaboradores, sobretudo após o movimento mundial denominado “A Grande Renúncia”: e é sob tal prisma que é fundamentada a nova jornada laboral. 

Outro fenômeno do mercado de trabalho, tratado nos últimos tempos com entusiasmo por muitos, o Anywhere Office parece ser a expressão máxima do futuro laboral. Esta edição da RBA faz uma análise sobre como tem reagido a maior parte das empresas em relação ao assunto, o que tem havido e o que provavelmente acontecerá nos próximos anos.

Eventos econômicos pelos quais passa a economia brasileira, tais como deflação, reduflação e inflação, são abordados nas páginas a seguir, conduzindo o leitor a compreender tais fenômenos e suas consequências futuras. Seria algum deles, fora a conhecida inflação, uma séria ameaça à economia nacional?

No mercado de trabalho, a sociedade já discute por que a Síndrome do Impostor tornou-se pauta de noticiários e preocupação entre profissionais da ativa — homens e, sobretudo, mulheres. Até onde reside a insegurança ou a falta de competência?

Você já ouviu falar em dados acionáveis? Se a resposta é ‘não’, talvez seja hora de entender o que são e como eles podem ajudar sua empresa no quesito inteligência de negócios, em especial nas análises de ambiente e nas métricas de resultados.

Outra tendência, relacionada ao conceito ESG (de governança socioambiental), é a indústria de recicláveis. Os resíduos podem ser não apenas uma solução para inclusão social e geração de trabalho e renda, mas também um tema inadiável, mediante apelos mundiais em relação ao clima, à poluição ambiental, bem como exigência de consumidores e marcas.

A gestão pública também foi analisada nesta edição, sob o prisma do legado deixado pelos estádios de futebol, herança da Copa do Mundo de futebol realizada em 2014 no Brasil. Com 12 arenas construídas e R$ 27,1 bilhões gastos nas obras, ficam as perguntas: foi um erro construir tantas arenas? Qual foi o benefício deixado por elas, sobretudo, em esta dos sem tradição futebolística?

Por fim, a RBA 150 traz uma reflexão sobre o quanto o país perde por não ser um país seguro. Além do aspecto econômico, a matéria analisa o bem-estar da população, tanto físico quanto psicológico, de uma maneira que talvez você nunca tenha imaginado.

Mais uma vez, você é nosso convidado para conhecer ou refletir sobre temas em voga, sob a ótica dos profissionais da administração e de especialistas de diferentes áreas. Ajude-nos a pensar a realidade que o país precisa, a partir de algo que o Sistema CFA/CRAs luta há tempos: um projeto estratégico de nação. 

Afinal, quem somos? O que realmente damos conta de fazer? Em qual direção queremos ir? O que é preciso ser feito para nos desenvolvermos? A administração pode ajudar o Brasil nesta tarefa meticulosa e estratégica.

 

Adm. Mauro Kreuz – presidente do Conselho Federal de Administração

 

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