“Endividamento e inadimplência” é o que revela uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo o estudo, 77,7% das famílias brasileiras estão com dívidas a vencer, e por consequência – encontram-se com as economias financeiras no vermelho.
Segundo Mauro Kreuz, presidente do Conselho Federal de Administração (CFA), “a principal causa apontada para definir a problemática enfrentada por tantos brasileiros é a inflação – que, dia após dia, persiste em se manter alta e constante”, afirma.
A pesquisa realizada pela Confederação também identificou que quase 11% dos participantes não possuem condições de quitar contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerão inadimplentes.
Vilão x Necessidade
Outro vilão do endividamento tem nome e é conhecido popularmente como “cartão de crédito”. Inclusive, ele se manteve como o tipo de dívida mais comum entre os consumidores, seguidos pelo cheque pré-datado e especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal e prestações de casa e carro.
Para a administradora Daniela Lopes, “ a alta dos juros impacta diretamente e negativamente no orçamento familiar – e atinge em cheio todas as classes sociais. A necessidade de crédito para reorganização da renda faz com que endividados encontrem nos recursos de apoio, oferecidos por terceiros, a solução ideal para a manutenção do consumo e sobrevivência de itens básicos”, pontuou.
Desemprego
Nunca a palavra “desemprego” foi tão falada e questionada como nos últimos tempos. Exemplo disso, são os dados acerca desta temática que desvendam pelo menos 11,9 milhões de pessoas sem trabalho no país. O Brasil, inclusive, aparece como a nona pior estimativa de desemprego no ano em um ranking de 102 países. O levantamento foi feito pela agência de classificação de risco Austin Rating, realizado por meio das das novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI).
“A economia ainda segue uma variável indefinida e desliza no quesito indicadores. O cenário é de instabilidade e requer atenção dos trabalhadores, fornecedores e daqueles com poder de compra”, afirma o líder do CFA.
CFAPlay
Mesmo antes da pandemia da Covid-19, milhares de brasileiros perceberam que era hora de poupar e investir. Na visão de especialistas, a crise econômica alavancada pela pandemia provou que é preciso poupar recursos, tanto para resguardar-se de fenômenos inesperados, quanto para garantir sustento e prosperidade no futuro. Este assunto, inclusive, foi destaque no CFAPlay com a administradora, educadora financeira e previdenciária, Patrícia Peres. Aperte o play e confira!
Paulo Melo
Assessoria de Comunicação CFA