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Brasil tem 24 milhões de mulheres empreendedoras

CFA capacita essas profissionais por meio do Programa de Capacitação e de Formação de Multiplicadores de Conhecimentos em MPEs

Hoje, 19, é o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino.  A data, escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para incentivar e valorizar as mulheres empreendedoras, é motivo de comemoração para Bárbara Gomes. Após 15 anos no setor da construção, ela resolveu abandonar a carreira de engenheira civil para se dedicar ao negócio próprio.

Ela abriu uma loja de balões com gás hélio que atende todo tipo de eventos. “Fiz essa opção realmente para que eu pudesse ter qualidade de vida, liberdade e autonomia e possibilidade de tempo, mas sem deixar de ter uma profissão e ser útil”, diz.

Casada, mãe de uma criança pequena e dois adolescentes, Bárbara se divide entre a família e o negócio desde julho deste ano. A empresária é uma das 24 milhões de mulheres que empreendem no Brasil, sendo mais de nove milhões donas de negócio. Elas ainda respondem por 48% dos empreendimentos iniciais, isto é, com menos de 42 meses de existência. Ainda de acordo com o Sebrae, na média, as mulheres donas de negócio são mais escolarizadas que os homens. E a presença feminina no empreendedorismo só não é maior porque os velhos desafios insistem em dificultar a vida de quem resolve optar por esse caminho no Brasil.

Bárbara, que mora em Manaus, comenta quem além dos impostos, ela enfrenta problemas com a logística. “A maioria dos fornecedores é do estado de São Paulo”, explica. Além disso, a contratação de pessoal, para ela, é um desafio. “Não é fácil treinar uma equipe”, justifica a empresária.

Fora esses desafios comuns a todo empreendedor, as mulheres enfrentam mais dificuldades para fazer os empreendimentos prosperarem. Para incentivar as empreendedoras a inovar e ampliar o faturamento nos negócios, o Conselho Federal de Administração (CFA) prepara consultores especializados no segmento das micro e pequenas empresas desde 2015.

A servidora pública Márcia Araújo participou do Programa de Capacitação e de Formação de Multiplicadores de Conhecimentos em MPEs em 2017. “Antes disso, eu já tinha o interesse de atuar nesse mercado de consultoria para microempreendedor”, relata a administradora.

A qualificação em MPEs, oferecida pelo CFA em parceria com Subsecretaria de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato do Ministério da Economia (SEMPE), capacita administradores registrados. De acordo com a coordenadora da Câmara de Formação Profissional do CFA, Sueli Cristina Morais, a meta é capacitar 1.482 profissionais até 2022.

“Tivemos já 442 administradores capacitados, sendo 248 homens e 194 mulheres. Objetivo do CFA é atender o microempresário e apoiar as políticas públicas para o desenvolvimento e a transferência de informações do administrador para o microempresário”, afirma.

O curso de extensão é um título acadêmico previsto no Art. 44 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Para participar da formação, é preciso estar em situação regular nos conselhos regionais de administração.

 

Assessoria de Comunicação CFA

Adriana Mesquita para Rádio ADM