Em pesquisa Reuters, a expectativa era de que 89 mil empregos seriam fechados no último mês, conforme mediana das expectativas
Desemprego: no mesmo mês do ano passado, o dado foi expressivamente pior, com encerramento de 169.131 postos (Jorge Rosenberg/VEJA)
Brasília – O Brasil teve perda líquida de 74.748 vagas formais de emprego em outubro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira, num resultado melhor que o estimado pelo mercado.
Em pesquisa Reuters, a expectativa era de que 89 mil empregos seriam fechados no último mês, conforme mediana das expectativas.
No mesmo mês do ano passado, o dado foi expressivamente pior, com encerramento de 169.131 postos.
O desempenho no mês foi puxado pelas demissões líquidas na construção civil, com fechamento de 33.517 postos. Também sofreram perdas expressivas os setores de serviços (-30.316) e agricultura (-12.508).
No mês, apenas o comércio apresentou resultado positivo (+12.946).
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, houve o encerramento de 751.816 mil vagas, na série com ajuste. Em 12 meses, a cifra passou a 1,5 milhão de postos, também em dados ajustados.
A contínua deterioração do mercado de trabalho ocorre em meio à recessão econômica e num momento em que agentes já começam a questionar o fôlego para a recuperação da atividade no ano que vem.
Segundo dados mais recentes divulgados pelo IBGE, a taxa de desemprego brasileira se estabilizou no terceiro trimestre em relação aos três meses até agosto, em 11,8 por cento, mas a população ocupada registrou queda recorde sobre 2015, num reflexo da dificuldade da economia em dar uma reviravolta em meio à forte recessão.
Fonte: EXAME