O apagão de energia elétrica que atingiu a Grande de São Paulo na última sexta-feira (11/10) deixou mais de 2,1 milhões de residências sem luz, atingindo ainda estabelecimentos comerciais e industriais. O caso traz uma reflexão sobre como a gestão de riscos é essencial para a Administração, especialmente quando envolve eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes no Brasil e no mundo.
Os critérios de qualidade estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) às concessionárias de energia levam em conta qualidade do serviço, do produto e de atendimento ao consumidor. Para que tudo dê certo, é preciso ter eficiência na gestão. Em um cenário de crescente demanda por energia, é urgente um plano de ação que antecipe possíveis falhas, como a manutenção preventiva e modernização do sistema.
O especialista em Gestão Pública, Adm. Marcos Silva, destaca que quando há uma governança, uma correta condução de boas práticas da gestão pública, é possível definir a qualidade de vida para a sociedade. “Precisamos convergir na questão do planejamento. O planejamento estratégico pode e deve colaborar para redução dos impactos causados pelo efeito climático. Então, nós temos hoje uma forma de mitigação que é através de estratégias conceituadas num bom planejamento urbano”, alertou.
Uma das soluções lembradas pelo especialista é o smart grid, uma rede elétrica inteligente que reduz custos, otimizando a gestão e oferecendo melhor controle. “Nós temos que levar em conta o planejamento urbano e estratégico para fazer a convergência desses estudos nas instâncias de governo e encontrar soluções efetivas e eficazes com inovação e tecnologia para que a gente possa realmente evitar danos como esse”, ressaltou Marcos Silva.
Por fim, um plano de contingência que envolva a transparência e o suporte à sociedade é essencial durante o trabalho de resolução de uma crise, segundo os especialistas em gestão. Ainda que não seja viável o moderno cabeamento subterrâneo nas cidades, a elaboração de planos preventivos é fundamental para evitar situações semelhantes. A gestão, tanto pública quanto privada, deve aprender com esse evento e implementar as correções para um serviço seguro e de qualidade.
Alexandra Fiori
Assessoria de Comunicação CFA