Administrador Kenneth Corrêa conversou com o público e ressaltou diferença entre ser oportunístico e oportunista
A série de lives “Gestão dos Empreendimentos em Tempos de Crise”, realizada pelo Conselho Federal de Administração (CFA), terminou hoje, 3, com a participação do administrador Kenneth Corrêa. Ele falou sobre marketing e deu algumas dicas para ajudar micro e pequenos empreendedores que estão buscando superar as adversidades que a pandemia da Covid-19 trouxe para o mundo.
Ele começou a live falando que, nessa crise, o marketing é uma área que precisou se reinventar. Alguns empresários demoraram a aceitar que as coisas estão mudando de forma rápida e agressiva. Outros, no entanto, foram ágeis e aproveitaram os espaços publicitários que já tinham reservado para passar um nova mensagem.
Foi o caso, por exemplo, da Magazine Luiza que antecipou o lançamento da plataforma digital Parceiro Magalu, iniciativa voltada para que micro e pequenas empresas e autônomos possam vender pela internet. O Carrefour mudou, também, sua estratégia de marketing e ofereceu 5 mil novas vagas de emprego para permitir o funcionamento normal da rede durante a pandemia.
“O gestor precisa ser rápido, senão corre risco de passar mensagem errada”, diz o administrador, ressaltando a importância de, no momento de crise, ser “oportunístico e não oportunista” fazendo alusão a empresas que caminharam em uma direção negativa e aumentaram o preço de produtos com alta demanda, como o álcool gel.
Mas como fica o marketing nas micro e pequenas empresas? Kenneth comentou que, por ser menor, os empreendimentos desse segmento têm pouca reserva de caixa para criar estratégias grandiosas como a Magazine Luiza e o Carrefour. Por outro lado, ele explica que, por serem pequenas, elas conseguem agir de forma muito rápida.
“É o exemplo de empresas que trabalham com comida e passaram a atender por delivery com ajuda de plataformas que fazem entrega de refeições. Passando a crise, certeza que elas permanecerão com as entregas em casa”, explicou.
No meio da live, ele deu dicas para um dos segmentos mais afetados pela crise: mercado da beleza. O administrador disse que a maioria dos serviços dessa área não pode ser realizado a distância, mas questionou “será que pode fazer em domicílio, com todo cuidado para manter os requisitos de higiene?”. Uma outra alternativa proposta por Kenneth foi usar as redes sociais para promover lives que ensinam a cuidar da beleza, como automaquiagem. “Ainda que isso não gere receita, você está promovendo relacionamento”, defendeu.
Uma outra saída adotada por muitos segmento é a oferta de vouchers. O cliente compra o serviço, e deixa para utilizá-lo após a crise. “Uma coisa é certa, do jeito que era, não vai ser mais. A sociedade humana não vai ser a mesma.”, alertou.
Para quem nunca teve um e-commerce, a recomendação é “chegou a hora de ter uma loja virtual”. Ainda não começou a investir no marketing digital? O administrador, que também é empresário e professor, ressaltou que boa parte dos consumidores estão nas redes sociais e é preciso estar presente nesses espaços. A estratégia, porém, não é mais criar um perfil e postar coisas. “É preciso disponibilizar recurso financeiro para impulsionar conteúdo. Você conseguiria distribuir mil panfletos por cinco reais? Pois é! Na rede social, você consegue direcionar seu conteúdo para quem realmente importa”, comentou.
Para encerrar a live, Kenneth lembrou que o cenário “não é bonito” e sugeriu que os empreendedores e profissionais que estão sofrendo mais com a crise, que aproveitem o momento para ficar de olho nas oportunidade.
A live fica disponível por 24h no Instagram do CFA (@cfaadm).
Ana Graciele Gonçalves
Assessoria de Comunicação CFA