Pela primeira vez, desde a vigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2010, houve retrocesso em toda a cadeia do setor
Apesar de nove em cada 10 cidades brasileiras possuírem algum serviço de coleta, houve queda de volume na destinação adequada (maol/Creative Commons)
ela primeira vez em sete anos desde a criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), marco legal para a adequada gestão do lixo no Brasil, houve retrocesso em toda a cadeia, aponta estudo divulgado nesta terça-feira pela Associação Brasileiras das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
O relatório Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2016 revela que no ano passado aumentou o número de cidades que fazem uso de lixões a céu aberto, forma mais arcaica para destinação dos resíduos. Ao todo, 1559 municípios brasileiros (quase 30% do total) recorreram aos lixões, contra 1552 em 2015. Em todo o território nacional, existem 2976 lixões em operação. De acordo com as diretrizes PNRS, o país deveria extinguir todos os lixões até 2014
Outras 1774 cidades enviaram os resíduos para outro destino inadequado: os aterros controlados, espaços que não possuem impermeabilização do solo ou sistemas de dispersão de gases e do chorume derivados da decomposição do lixo.