País tem prejuízos por causa da fraca segurança pública nos estados
Morador do Rio de Janeiro-RJ, César José de Campos, conta que a Avenida Brasil, principal via de entrada na Cidade do Rio de Janeiro, até a década de 1980 era um dos polos industriais do estado. No entanto, atualmente, o lugar está tomado por galpões que foram invadidos ou abandonados, em razão de assaltos a caminhões, fábricas e depósitos de mercadorias.
“Isso desestimulou antigos empresários a manterem seus negócios naquela região, bem como a instalação de novas empresas. O resultado foi a transferência das empresas para outros estados, para outras cidades, ou simplesmente fecharam”, explicou o administrador.
Entre as consequências narradas por Campos estão a falta de segurança e a guerra fiscal que se estabeleceu entre os estados brasileiros para atrair investimentos. A competição entre governos estaduais e municipais, na concessão de incentivos, tenta compensar fragilidades e deficiências na prestação de serviços públicos, entre elas, a segurança.
Para Campos, o melhor ambiente econômico para desenvolvimento é aquele que dá segurança aos empresários, empregados e clientes. Se um deles sentir-se inseguro, a atividade econômica sofre consequências.
O segmento de segurança privada, segundo o administrador, tem a capacidade de movimentar bilhões na economia, mas não o suficiente para compensar o que ganharia a sociedade com um ambiente seguro e controlado. “É isso o que vemos em países desenvolvidos, um ambiente que viabiliza investimentos e atividades sem limites. A segurança permite a prosperidade”, diz.
O administrador ressalta que o caminho para solucionar o problema da segurança é a integração das polícias (militar, civil e federal), bem como troca de informações entre governo federal e estados. Ele ainda defende que a segurança pública seja parte de sistema jurídico-criminal que envolve o Ministério Público, o Poder Judiciário e as unidades prisionais.
“Cada um dos órgãos que integram o sistema jurídico-criminal influencia os resultados positivos ou negativos na segurança pública. Por isso é tão importante a integração, pois ela favorecerá o processo para se obter melhores resultados”, conclui.
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Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA