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Foto: José Leomar - AL-CE

Presidente do CFA recebe homenagem na AL-CE

Discurso é aplaudido de pé e visto com entusiasmo entre os presentes

O presidente do Conselho Federal de Administração (CFA), Mauro Kreuz, foi homenageado na última quarta-feira (4) pela Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), em Fortaleza – CE. Em sua fala, ele frisou que a Administração tem sua história marcada por vitórias e entregas objetivas ao Brasil e ressaltou o ato de coragem da AL em homenageá-lo, em tempos onde impera mentalidades intelectual, moral, ética e espiritualmente rasas. 

Em seguida, falou sobre a importância de promover legado de praticar o bem e conclamou todos os presentes para “continuar fazendo o bem ao Brasil, à profissão (de Administração) e ao povo brasileiro”. 

Ao escutar atentamente as falas anteriores, Kreuz chamou atenção ao fato de a Administração não ser obrigatória nas esferas públicas federal, estadual e municipal. Para ele, o motivo seria que a gestão não está na ordem de prioridades como pilar central na busca de eficiências e na entrega de bens e serviços públicos à sociedade. 

Frisou que a população não suporta mais amadorismos na gestão pública ou privada. E que o contribuinte não aceita mais a “malversação de recursos públicos, oriundos de seus impostos”.

“Nós somos vocacionados à administração profissional, seja ela pública ou privada. O que importa é que ela seja profissional. Portanto, somos os responsáveis em todos os sentidos e em todas as suas dimensões”, destacou.

Análise sobre a situação do país

O presidente do CFA relatou que o Brasil é a oitava economia do mundo, mas que está próximo ao 80º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Lembrou que mais de 30 milhões de pessoas vivem na extrema pobreza e que o país precisa reaprender a respeitar a coisa mais importante que um país possui: o seu povo.

Segundo ele, a gestão pública não pode fazer distinção entre pobre e rico, ignorante e culto, no momento em que gere recursos públicos. “Quando a gente fala em público, a gente fala de todos. E quando a gente fala de gestão pública, a gente fala da administração acontecendo para todos”, analisou.

Kreuz também destacou a importância de o povo receber e perceber a entrega de resultados, no âmbito da administração pública. Disse que a felicidade é a causa da maioria das doenças e a causa da cura das doenças.

“A felicidade representa muito para as pessoas, assim como a tristeza – no lado oposto da beleza. Esse Brasil tem muitos equívocos. Como se admite um país com esta dimensão geográfica, com a oitava economia do mundo, e tão poucas patentes registradas em relação ao resto do mundo?”, questionou.

Na sequência, disse ser imperdoável que uma nação não tenha um projeto estratégico e nem saiba para onde quer ir, ou aonde deva ir. “Por não ter um projeto de nação, ficamos refém daquilo que a mesa (de deputados) sabiamente mencionou – ficar refém de projetos de governos que se descontinuam a cada quatros ou quiçá oito anos”, analisou.

Destacou, ainda, que se o Brasil tivesse projeto de nação não haveria programas de governos casuísticos em áreas na educação, pesquisa e indústria – “de forma acidental, como temos vivido”. Ressaltou que qualquer programa de governo deveria a ele se subordinar, “como qualquer país sério o faz”.

“Quando falo em projeto estratégico de nação, estou falando da Administração. Para terminar, invoco o pai da Administração moderna, Peter Drucker, que já dizia: Não existem países desenvolvidos e subdesenvolvidos, mas países que sabem administrar seus recursos estratégicos, e países que não o sabem”, concluiu.