Desde a modernização da Inteligência Artificial (IA), as pessoas se preocupam com o futuro, a possibilidade de serem afetadas ou substituídas pela tecnologia. E um estudo mostra a visão dos docentes em relação ao uso da IA a favor do ser humano, em específico, da educação.
A pesquisa sobre o ‘Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil’ do Instituto Semesp, um centro de inteligência analítica, aponta que 74,8% dos 444 professores que participaram do levantamento concordam, de alguma forma, com o aproveitamento da tecnologia e inteligência artificial.
As características positivas vinculadas à evolução tecnológica se mostram no rápido acesso a informações, na aprendizagem mais dinâmica e no maior acesso. Porém, há também dificuldades a serem enfrentadas, como falta de infraestrutura, alunos dispersos pela tecnologia, dificuldade em acompanhar a tecnologia e a falta de capacitação para os professores.
A pesquisa mostra, também, algumas opiniões dos docentes Um dos entrevistados diz ser notável como os alunos ficaram dependentes dos sistemas de pesquisa e das respostas rápidas, os tornando menos pacientes e com uma dificuldade no desenvolvimento da habilidade de resolver problemas.
“A escola não consegue acompanhar o uso das novas tecnologias na velocidade que os estudantes conseguem. O que gera um descompasso entre a aula ministrada e a aula que os estudantes querem”, afirma.
Apesar dos efeitos negativos, o vice-presidente do Conselho Regional de Administração do Ceará (CRA-CE), professor Lamarck Mesquita, diz que a inteligência artificial não irá tomar o lugar dos profissionais. Ele afirma que é preciso tentar acompanhar as mudanças tecnológicas, e ter uma troca de conhecimentos, visto que uma geração experiente em tecnologia e outra com experiência comportamental tem habilidades a serem compartilhadas.
Para um maior aprofundamento recomenda-se o artigo ‘Influências das Tecnologias da Inteligência Artificial no ensino’, publicado em 2021, da professora Rosa Maria Vicari, titular do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Ana Clara de Lima
Estagiária de jornalismo, sob supervisão.
Assessoria de Comunicação CFA