Quatro a cada dez estudantes universitários de todo o mundo afirmam que usam a Inteligência Artificial em seus estudos na faculdade. A pesquisa global foi feita pela organização sem fins lucrativos da empresa norte-americana de tecnologia educacional Chegg.
No Brasil, com 528 participantes, 52% afirmam que já usaram a IA generativa para os estudos universitários, contra 47% que não utilizam a ferramenta e 1% não souberam responder. Ainda no território brasileiro, a maior frequência dos alunos usando a IA é de algumas vezes durante a semana, com 32%.
Além disso, 46% acham que o entendimento de assuntos e conceitos complexos melhorou com a tecnologia. O administrador João Schonhardt, fundador da Schonhardt Strategic Solutions e especialista em IA para produtividade, gestão e liderança, acredita que a ferramenta é um propulsor para as pessoas e não um substituto.
“Em um ambiente universitário, por exemplo, o equilíbrio é fundamental. Precisamos da IA como aliada, mas também devemos manter viva nossa capacidade de questionar e inovar por conta própria”, declara Schonhardt.
Um exemplo do uso da IA na faculdade é o que o Felipe Barbosa faz. O estudante do 6° semestre de Administração na Universidade de Brasília pede ajuda da ferramenta para tirar dúvidas de assuntos explicados em sala. Além de criar modelos de estudos que ele consiga adaptar para os conteúdos passados, o objetivo é entender a matéria ou complementar conceitos. “Uso a Inteligência Artificial para poder chegar em novos horizontes de maneira rápida”, pontua Felipe.
A IA deve ser usada como um apoio nas atividades, seja na resolução de problemas ou na pesquisa para algum trabalho, sempre verificando as informações dadas. Entretanto, a ferramenta não deve ser um recurso de ‘copiar e colar’ e nem como fonte única.
Ele ainda afirma que o uso excessivo traz desafios como afastar habilidades, pensamento crítico e criatividade. João Schonhardt comenta que a IA ajuda e inspira, mas é o estudante que vive e trilha o caminho.
“Estamos apenas no começo de uma jornada fascinante, mas poucos perceberam isso ainda, na qual o potencial humano e a tecnologia caminham juntos”, finaliza o Adm. Schonhardt.
Ana Clara de Lima
Estagiária de jornalismo, sob supervisão.
Assessoria de Comunicação CFA