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People Analytics: tendência que está transformando a gestão de RH

CFA promoveu live para discutir um dos temas que mais tem influenciado a área de recursos humanos das organizações

Na semana em que foi celebrado o Dia do Administrador de Pessoal, o Conselho Federal de Administração (CFA) trouxe o docente no Programa de Pós Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento da Universidade Federal do Pará, Thiago Dias Costa. Ele participou de uma live, na manhã desta quinta-feira, para falar de uma dos temais mais atuais da área de recursos humanos: “People Analytics no setor público brasileiro: sonho distante ou realidade?”.

Mas, afinal, o que é People Analytics? Traduzindo ao pé da letra, o termo significa “análise de pessoas”. Para que ele serve? “Ele segmenta dados para verificar padrões comportamentais que possam explicar várias questões”, responde o professor. Como exemplo, ele citou casos hipotéticos.

Um deles foi sobre um hospital que, ao cruzar informações a respeito da taxa de evasão da ala pediátrica, verificou que ela era muito alta entre os enfermeiros no primeiro ano. Isso gerava um grande trabalho, pois havia todo um treinamento, mas logo esse profissional saía da unidade. 

“Cruzando os dados de taxa de rotatividade, taxa de abandono daquele setor, junto com outros dados como gênero, idade, tempo de formação, a gente descobre, por meio do People Analytics, que as pessoas saíam porque há uma rixa interna muito grande entre os enfermeiros”, explicou.

Com essas informações, os gestores poderão realocar esses profissionais para setores que tenham mais afinidade e segurança. “É preciso parar de tomar decisão com base em achismo, mas sim com base em evidências”, afirmou. Questionado sobre a possibilidade de as organizações aderirem ao People Analytics, ele foi categórico: “A questão não é mais o ‘se’; e sim o ‘quando’”.

No setor público, não é diferente. Thiago comentou que muitos órgãos não sabem, mas que já fazem essa coleta de dados ainda de forma incipiente. A Receita Federal, por exemplo, mapeou as competências e o perfil de cada servidor, dentro de cada localidade. “Se um deles não está mais entregando a contento, não é por falta de dados, mas sim de gestão. É só cruzar esses dados para compreender a situação e mudá-la”, afirmou.

Por meio do People Analytics, é possível, ainda, identificar o grau de absenteísmo no trabalho, principalmente ligados à saúde mental dos colaboradores. “Se o suporte cai, o absenteísmo aumenta”, disse. O suporte estava bom, mas cai e ao mesmo tempo o absenteísmo aumenta. “Sem dados, ficamos à deriva. Esse é o futuro de toda organização. A época do achismo já morreu”, falou.

A live está disponível, na íntegra, no IGTV do CFA em: www.instagram.com/cfaadm.

Ana Graciele Gonçalves

Assessoria de Comunicação CFA