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Para avançar, Brasil precisa desburocratizar a gestão pública

O presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Claudio Gastal, participou do Fórum CFA de Gestão Pública na manhã desta sexta-feira, 8 de junho. Na oportunidade, ele apresentou a palestra “A gestão do Estado num mundo efervescente”. O presidente do Conselho Regional de Administração do Maranhão (CRA-MA), José Samuel de Miranda Melo Júnior, foi o presidente de mesa da palestra.

Claudio começou falando do inconformismo que tomou conta do Brasil. Para ele, isso é fruto de um processo histórico, de uma série de acontecimentos que culminaram na crise que o país vive atualmente. Mas e o mundo? Vários países estão vivendo situações semelhantes. “Algo está acontecendo e precisa ser analisado. Isso, sem dúvida, é gerado por uma nova forma de comunicação, por uma nova forma de questionamentos, que tem colocado o mundo em efervescência”, diz.

No Brasil, esse fervor teve seu auge em 2013 por conta dos treze centavos a mais no valor do transporte público, que tomou proporções bem maiores. Recentemente, foi o caso do diesel. Essa série de manifestações tem gerado uma repulsa que é claramente percebida nas urnas. Ele citou o caso das eleições no Amazonas, onde 50% das pessoas com direito a votar não compareceram ao pleito naquele estado.

Isso tem gerado muitos questionamentos com relação ao estilo de democracia que é praticada hoje. “Quando a gente começa a olhar dados estatísticos, é alarmante o número de pessoas que não acreditam no processo democrático”, alertou o palestrante.

A saída está, segundo Gastal, está na política. De acordo com ele, é preciso enfrentar o problema de frente, implantando modelos de gestão e governança eficazes. “Pensar a longo prazo, para onde estamos indo e como estamos indo são as questões que precisam nortear esse planejamento”, explicou, ressaltando que, infelizmente, o congresso só legisla com base em fatos, quando o ideal seria legislar pensando no futuro.

Outro fator que emperra o avanço do país é a burocracia. Gastal explica que o Brasil precisa criar leis que facilitem esses avanços, pois as atuais burocratizam os serviços e impedem que o país possa crescer e fazer parte desse mundo efervescente. Além disso, é preciso rever o papel dos órgãos de controle.

Além disso, o mundo está cada vez mais conectado. Para acompanhar essas mudanças, o setor público precisa se adaptar e investir em tecnologia. Gastal citou o caso do alistamento militar, em que os jovens usaram uma plataforma digital que facilitou o acesso e o alistamento de centenas de rapazes. Segundo ele, o progresso é necessário, mas só vai acontecer com o protagonismo do cidadão. “A sociedade precisa, sim, participar e se envolver nos processos decisórios do país”, afirmou.

 

Assessoria de Comunicação CFA