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Novo perfil profissional

Diante de um mundo digital no qual os avanços científicos e culturais exigem renovação constante e especializações além de conhecimentos básicos, espera-se uma outra identidade profissional, despida de reservas de mercado. Outro mapa profissional vai sendo construído, com perfis multifacetados que exigem, ao mesmo tempo, habilidades específicas no nível individual e disposição colaborativa.

Com MBA em Administração de Empresas e pós-graduação em Marketing, o professor do MBA Executivo do Coppead em Liderança, José Augusto L. Figueiredo, foi convidado para discorrer sobre a questão. Ele também atua como coach e é diretor de Conselho Global do ICF. Como escritor, publicou o livro “My Job – Doce Ilusão”.

Ele começou sua apresentação com a exibição do vídeo Revolução Digital 4.0, que aborda os impactos que a nova revolução trará. Afirmou que há muita certeza que ainda tem sido tratada como incerteza. “Muitos de nós têm a missão de preparar as pessoas para essa transição”, disse.

Figueiredo trouxe dados que mostram que nos EUA, mesmo com o avanço da tecnologia, os empregos não caíram e declarou que, quanto mais tecnologia houver, mais as habilidades humanas são necessárias.

Ele fez uma análise do atual contexto no mercado de trabalho e listou os atuais desafios a serem enfrentados pelos administradores. “Pela primeira vez na história da humanidade, existem cinco gerações no mesmo ambiente. Como lidar com esse público? É preciso olhar a tecnologia não como ameaça, mas um mundo no qual você lidera a transição. Todo mundo que resiste à mudança é porque está com medo”, pontuou.

O palestrante mostrou que as novas estruturas de negócios exigem novas atitudes, como criatividade – uma das competências mais desejadas pelas organizações atualmente; capacidade de expressão; trabalho em equipe; liderança – no sentido de influenciar, inspirar, ter flexibilidade e motivar outras pessoas. E explicou que os jovens de hoje têm uma visão muito diferente de organização para trabalhar. Eles valorizam as empresas que têm boa imagem com relação à ética e valores sólidos parecidos com os seus pessoais. “O administrador tem a chance de administrar todo esse contexto. É preciso entender o que está acontecendo nesse mundo volátil, porque se a gente não entende, a gente gera sofrimento para a gente mesmo e para quem está ao nosso redor, para os nossos subordinados”, disse.

Ele salientou a nova relação entre indivíduo e empresa, que deve ser formada por identidade, visão estratégica, competências e resultados, e afirmou que as organizações já entenderam que o desafio é criar contextos para que as pessoas possam realizar os seus projetos. “O nosso grau de consciência e de autoconhecimento vai fazer muita diferença nesse ambiente 4.0, de onde a gente está e para onde a gente quer ir.”

O que é liderar nesse contexto? Qual a diferença entre conhecimento e habilidade?”, perguntou o palestrante. “Isso é crucial. Para nós, administradores, é crucial no sentido de que, quando eu estou falando da minha capacidade de motivar, inspirar, dar um feedback para alguém, estou lidando com a minha habilidade.”

E concluiu: “A grande saída para a gente modernizar o Brasil vai ser através da tecnologia”. O presidente do CRA-MA, Samuel Melo, fez a mediação da palestra.

Paralelo à palestra principal, houve também um painel com o tema “Para onde vai a consultoria organizacional”, apresentado por Luiz Affonso Romano, Orlando Pavani e Paula Oliveira.

O consultor técnico do XXVI Enbra, Luiz Augusto Costa Leite, mediou o debate que abordou as exigências da Consultoria Organizacional que se acentuam na Indústria 4.0, um cenário onde tudo é mutável, praticamente imprevisível e exige uma preparação maior.

Assessoria