A participação feminina na profissão de Administrador cresceu de 21%, em 1994, para 35%, em 2011, tendo estabilizado a partir de então para 34%. Essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada por representantes dos Conselhos Federal e Regional de Administração, da qual foram colhidas informações e dados para a elaboração de um artigo para a Revista Brasileira de Pesquisas de Marketing, Opinião e Mídia (PMKT on-line). O estudo retrata o perfil e as condições das Administradoras no Brasil.
O texto é de autoria do presidente do CFA, Mauro Kreuz, professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, em Erechim no Rio Grande do Sul e José Samuel de Miranda Mello Júnior, professor da Universidade CEUMA, de São Luiz no Maranhão. Também participou Fauze Najib Mattar, da Fundação Instituto de Administração (FIA) de São Paulo.
A pesquisa mostra que a participação feminina na profissão não é homogênea nas regiões do país; em 2015, nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste foi de 30%; já nas regiões Norte e Centro-Oeste foi, respectivamente, 44% e 38%.
Entre os motivos apontados pelas profissionais para a razão da escolha do curso de Administração, o principal foi a formação generalista e abrangente, na casa dos 20%, que, entre os homens, aparece em segundo lugar, cerca de 16%.
Participação no mercado de trabalho
As mulheres são maioria na população brasileira; em número de matrículas; em conclusões e em participação no ensino superior na População Economicamente Ativa (PEA). No entanto, são minoria no mercado de trabalho.
No setor público, para os mesmos cargos e níveis não há diferenças salariais entre homens e mulheres. No setor privado, quando comparadas as funções mais relevantes ocupadas por administradores e administradoras, o que predomina são os profissionais homens e, quando comparadas as funções menos relevantes e em níveis inferiores de gestão, tem-se a predominância de mulheres.
Segundo dados da Relação Social de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, entre 2006 e 2010, as mulheres predominaram nos empregos na administração pública, defesa e seguridade social. Em 2010, dos mais de 8 milhões de empregados nessas três atividades, as mulheres predominavam com cerca de 58,89%.
Apesar de serem cada vez mais numerosas no mercado de trabalho do Brasil, as mulheres ainda estão em menor número na maioria das 99 atividades que fazem parte da Classificação Nacional de Atividades Econômicas, CNAE.
Problemas
A menor remuneração em cargos e posições equivalentes e a pequena proporcionalidade de mulheres em cargos diretivos ou executivos, tanto em empregos em instituições públicas quanto em empresas privadas, são alguns dos principais problemas relatados pelas mulheres no mercado de trabalho. Soma-se a isso, a dificuldade, cada vez mais crescente, de manutenção do emprego daquelas que optam por uma gestação em alguma fase da vida.
Assessoria de Comunicação CFA