Não é novidade para ninguém que a pandemia roubou os holofotes dos outros temas que tomavam conta dos noticiários brasileiros. Nenhum outro tema foi mais abordado durante os últimos meses, nem mesmo questões econômicas ou financeiras.
A preocupação com a Saúde aumentou para 66,9% dos brasileiros, segundo levantamento publicado em abril, pelo instituto Paraná Pesquisas. O fenômeno foi potencializado pela pandemia, mas há indícios que mesmo antes da crise sanitária o tema já era priorizado pela população do Brasil.
Em 2019, pesquisa do Instituto Datafolha, em parceria com a organização Abbvie, mostrou que 45% das 2.087 pessoas priorizaram a Saúde. Na época, a violência ficou em segundo lugar (18%), seguida pela corrupção (10%) e Educação (8%).
Para a psicóloga Marcia Resende, a pandemia trouxe ainda mais consciência sobre a importância de cuidar da saúde e priorizar viver com qualidade, em razão da fragilidade da vida e da ausência de opção, caso ela seja retirada. A fragilidade, de acordo com ela, lembra a pessoa da condição humana, que a coloca em contato com a vida e a morte, além de proporcionar reflexão sobre o que vale a pena fazer e por quê.
Segundo Marcia, quando acelerado, o indivíduo é consumido no presente, com a ilusão de um futuro imaginário, em espécie de transe hipnótico. Ao se dar conta das transformações, muda sua atitude diante do mundo.
“Ao permanecer em casa, em razão da pandemia, uma nova percepção ocorre em relação ao sentido de tudo e aos valores que sustentam nossa vida, saúde e escolhas. Assim como temos um estado de alerta, diante de um vírus que temos ainda pouco conhecimento, viver com qualidade torna-se prioritário, pois essa desaceleração fez para muitos a conexão com seu corpo e sentimentos”, analisa.
De acordo a administradora e psicológica, Marina Mendonça, uma das maiores preocupações emergidas durante a pandemia foi a saúde mental, em razão de grande número de pessoas apresentar sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Entre os motivos enumerados por ela estão o excesso de trabalho e pressão por resultados e por produtividade.
Sobre o último aspecto, ela diz que a exigência por produtividade fez com que atividades prazerosas ou relaxantes fossem cada vez menos praticadas. Ressalta, ainda, que num primeiro momento a pandemia fez parecer que o trabalho de casa fosse desacelerar as rotinas das pessoas, no entanto, para muitos, isso não aconteceu.
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Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA