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Jovens estudantes encaram o desafio de ficar mais tempo em casa sem surtar

Isolamento social pode trazer problemas como ansiedade. Veja o que você pode fazer para fugir desse mal e encarar a rotina dentro de casa com mais leveza

Todos os dias, a rotina da estudante do sétimo período do curso de Administração, Francinalva Ferreira, começava às 6h30. Ela ia para o estágio e por lá ficava até a hora de ir para a faculdade, no turno da noite. A sua jornada de estudo e trabalho só finaliza quase a meia noite, quando voltava para casa.

Fran é estudante do curso de Administração.

Com a cabeça ocupada com tantos compromissos, Francinalva não tinha muito tempo para pensar em outras coisas. Mas, a sua vida mudou radicalmente desde que o país adotou o isolamento social como medida para enfrentar o coronavírus. A estudante foi dispensada no dia 20 de março para fazer home office e as aulas, que eram presenciais, agora são on-line.

Aparentemente, a rotina é a mesma e, assim como Francinalva, que tem 20 anos, milhares de jovens estudantes estão vivendo a mesma situação. Contudo, a Geração Z – formada por pessoas nascidas, em média, entre meados dos anos 1990 até o início do ano 2010 – não estava preparada para ficar tanto tempo dentro de casa.

Saúde mental

Francinalva relata que o dia a dia durante a quarentena tem sido desafiador. A rotina de trabalho e estudo continuam, mas ela diz que nunca passou tanto tempo dentro de casa. Por isso, ela passou a acompanhar com mais frequência os noticiários. “Ver constantemente notícias ruins sobre a pandemia me deixa sempre preocupada com o futuro, quais os impactos que isso vai ter na minha vida e se um dia tudo vai voltar ao normal”, explica.

A estudante comenta que a preocupação excessiva com o futuro trouxe sensações típicas de ansiedade como pensamentos negativos, irritabilidade, falta de concentração e desânimo. Mesmo com as demandas de trabalho e estudo em dia, ela se questiona: “será que isso pode estar afetando a minha produtividade?”.

Karlla Lima CRP 01/19154

Segundo a psicóloga Karlla Lima, os jovens tendem a sofrer mais com o isolamento social. “Apesar da facilidade que o mundo virtual pode trazer, esses encontros presenciais podem fazer falta para esses jovens, que podem desenvolver ou potencializar sintomas de ansiedade, pânico ou depressão”, diz.

Para cuidar da saúde mental nesse período, Karlla explica que é ideal manter uma rotina, com horários para as atividades acadêmicas, dormir, acordar, lazer, conversar com os amigos por meio de videochamadas e respeitar seu próprio tempo. “O momento no qual estamos passamos é algo novo para todos. Temos que tentar se adaptar a essa nova rotina e descobrir novas atividades, habilidades e prazeres”, ensina a psicóloga. Ela orienta, ainda, evitar o excesso de notícias negativas sobre a pandemia. “Foque em atividades que trazem mais leveza pro seu dia a dia”, ensina.

Organize sua rotina

O Conselho Federal de Administração (CFA) conversou com administradores para saber como organizar a rotina de estudos e trabalho. A administradora e especialista em Desenvolvimento Humano, Alexsandra Leite, falou um pouco mais do assunto aqui.

E sobre o home office, tendência reforçada pela pandemia do coronavírus, a auditora federal de Finanças e Controle da Controladoria Geral da União (CGU), Priscila Escórcio de França Diniz, foi entrevistada pela equipe do CFAPlay e, na oportunidade, ela falou das vantagens do trabalho em casa e do exemplo bem sucedido da CGU. Confira aqui!

Ana Graciele Gonçalves

Assessoria de Comunicação CFA