Elas estão transformado as rotinas da área de Recursos Humanos e ajudado empresas a otimizar processos como recrutamento e seleção de talentos
Por Ana Graciele Gonçalves
No passado, para conseguir um emprego era preciso redigir um currículo, imprimir e distribuí-lo. Em alguns casos, o documento era enviado por e-mail.
O recrutador juntava todo material e dedicava semanas para conseguir separar os candidatos com perfil desejado para o cargo. O trabalho levava em média 39,6 dias para ser executado, de acordo com pesquisa do site de empregos, Glassdoor.
Realizado no Brasil, em 2017, o estudo comparou 25 locais e analisou mais de 84 mil avaliações de entrevistas, realizadas em seis meses. Os dados ilustram como a rotina dos setores de Recursos Humanos mudou após introdução de ferramentas com Inteligência Artificial (IA).
Aquela pilha de currículo, em cima da mesa, agora é coisa do passado. São os algoritmos (conjunto de regras e procedimentos lógicos que visam à resolução de problemas) que têm a missão de selecionar os melhores candidatos para as organizações.
Além de ajudar no recrutamento e na seleção de talentos, os algoritmos auxiliam a medir as performances nas organizações. Por meio do mapeamento comportamental dos colaboradores, os números permitem analisar, inclusive, o clima organizacional.
Trajetória e funcionamento
O cenário disruptivo, dos últimos anos, deu origem a um mercado crescente, no Brasil e no exterior: o universo da ‘Human Resources Techology’, as ‘HR Techs’. Esse é o nome utilizado para identificar empresas que desenvolvem soluções tecnológicas para o segmento.
Após temporada nos Estados Unidos, os sócios Lucas Mendes e Lachlan de Crespigny compreenderam que o desejo de crescimento das empresas e o gargalo no recrutamento, no Brasil, eram receitas certas para iniciar um novo tipo de negócio. Juntos, em 2014, eles fundaram a Revelo, startup brasileira pioneira no segmento.
Segundo o diretor de estratégia da empresa, Normando Bezerra, naquele ano, o País enfrentava um período econômico desafiador, com milhões de desempregados e poucos processos seletivos nas empresas. Com a escassez de vagas, era fundamental ter uma ferramenta que facilitasse o trabalho dos recrutadores, frente às centenas (ou milhares) de postulantes a uma oportunidade de trabalho.
A solução, eles conceberam. Ao cadastrar-se na plataforma, que ele e o sócio criaram, a empresa-cliente pode acessar banco de talentos que permite encontrar candidatos, de diferentes perfis, utilizando filtros que levam em consideração quesitos como habilidades, experiência e faixa salarial.
O diretor de estratégia da Revelo conta que o diferencial de sua plataforma, além da customização às necessidades do mercado, é utilizar recursos de inteligência artificial e machine learning. “Ambas usam o poder dos dados e permitem selecionar os talentos mais capacitados”, explica.
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