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Graciliano Ramos – Prefeito do munícipio de Palmeiras dos Índios

O relatório publicado em 1930 acaba de ser republicado pelo Conselho Federal de Administração.

Veja abaixo o prefácio do presidente do CFA, Wagner Siqueira sobre a publicação.

 

A vida acontece dentro e fora do ambiente de trabalho. No desenrolar da vida laboral, os dois cenários são sempre mesclados, muitas vezes se confundem. Nesse caso, a confusão não significa – pelo menos, não deveria significar – desordem. Ao contrário. Lucra aquele que, dessa interposição, evolui suas faculdades cartesianamente construídas. Portanto, o saber acadêmico, inacabado por essência, ganha uma diversidade de aplicações a partir de experiências e sensações devidamente apercebidas pelo profissional.

O presente relatório, escrito pelo prefeito de Palmeira dos Índios, Alagoas, ao concluir seu mandato em 1930, traduz a afirmativa acima. Não é de se espantar que estejamos falando – aqui, na qualidade de governante – de Graciliano Ramos, um dos maiores nomes da literatura brasileira de todos os tempos, autor de Vidas Secas e tantas outras obras literárias que marcaram a segunda fase do modernismo.

Um gestor municipal habituado a usar sensibilidade como instrumento de trabalho fatalmente confluiria suas faculdades, se isso produzisse eficácia acima do esperado. E produziu.

O documento que você tem em mãos é oficial, com dados, valores e informações destinados a prestar contas do uso do orçamento do município alagoano. Um registro formal, obrigatório e protocolar. Ainda que saiba disso, garanto que ficará tentado a discordar instantes após iniciar sua leitura.

A narrativa literária de Graciliano prende a atenção e entretém à medida que, com clareza, explana condições sociais, administrativas e orçamentárias enfrentadas durante seu mandato.

Há quem diga que este relatório é indispensável aos anais da Administração Pública brasileira; outros, garantem que se trata de rara obra literária. Estão todos certos. Por aglutinar vida real e profissional, é um documento que cabe em um gabinete, uma biblioteca particular ou na mesa do escritório.

Independente do que motivou a leitura desta obra, é seguro que muito lhe acrescentará. Uma incontestável simbiose de saberes, que pode e deve servir de referência para quem deseja ultrapassar o lime do razoável.”

Clique aqui e leia o relatório