A última palestra do segundo dia de FIA 2025 começou com tudo. Iniciada, rapidamente, e mediada pela pensadora de futuros e mestra em Gerenciamento Global de Talentos, pela PUC/SP, Lígia Zotini, o tema destacou o “Futuro(s) e a Era da Co-Inteligência”.
Lígia começou explicando quais são as novas tendências da tecnologia e o que já é real no mundo corporativo. Ela destacou que as inteligências artificiais aceleraram tecnologias como segundo cérebro (sistema de gestão de conhecimento pessoal digitalizado), o conceito de gêmeos digitais (representações virtuais de objetos físicos, processos ou sistemas), computadores quânticos e realidades imersivas.
Com tantos recursos, ela questionou como as pessoas estão gerenciando seu tempo na atualidade. Embora os recursos ofereçam praticidade, nunca houve tantos casos de burnout e outros males psicossomáticos.
Lígia destacou que embora haja um esforço em aumentar a performance, todos querem ter melhor qualidade de vida no trabalho e na vida pessoal. Ela destacou ainda o aumento do marketing consciencial, modalidade que fala sobre futuros conscientes, tanto pessoais quanto coletivos.
A professora destacou que nunca na história as pessoas viveram tanto em tempos diferentes como agora. “Enquanto há pessoas que já estão em 2030, há outras que vivem com mentalidades como se estivesse ainda na década de 1990”, destacou.
Modelo
O segundo palestrante da noite foi o britânico, Peter Merry. Ele iniciou sua fala dizendo que soluções que funcionavam no passado não funcionam mais.
Mostrando um gráfico de não-linearidade, perguntou como as pessoas escolhem participar dos novos tempos. Destacou a importância dos sistemas antigos, mas que é premente a necessidade de inovação.
“Testar novas fórmulas é fundamental para entender o presente. Não ter medo de errar é parte deste processo, isso tem a ver com a espiritualidade organizacional que é um dos temas deste evento”, pontuou.
De acordo com o britânico, a espiritualidade organizacional é a incorporação de valores como propósito, conexão e bem-estar no ambiente de trabalho. Isso leva a transcender a visão puramente focada no lucro.
Criticou a ótica de querer controlar o futuro. “A previsão que você faz aqui não é mais precisa, por causa da velocidade das coisas que estão se movendo constantemente e isso cria estresse tanto nas organizações quanto nas pessoas”, destacou.
Ao final, ele mostrou que o conflito entre concepções antigas e o novo é inevitável, e parar o Sistema não é possível. Deixar fluir o movimento natural das coisas é a melhor maneira de adaptar-se, além de tentar compreender, no que for possível, o funcionamento de questões tanto na vida pessoal quanto nas organizações.
Leon Santos
Assessoria de Comunicação CFA
