Prática ajuda a ressignificar a relação entre empresa e colaborador e também com o trabalho
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) têm chamado atenção sobre a saúde mental e emocional dos brasileiros. Segundo levantamento da instituição, o Brasil é o país mais ansioso do mundo (41% da população) e também o quinto mais depressivo (com 5,8%).
Para evitar o problema, empresas nacionais e do exterior têm adotado uma nova prática denominada ‘espiritualidade organizacional’. Diferente do que o nome possa conotar, ela não está associada a religiões, mas sim a uma filosofia de vida que busca ressignificar a relação entre a empresa e seus colaboradores, e também entre os funcionários com seus trabalhos e vidas.
A nova filosofia traz o entendimento, às empresas, de que o trabalhador possui uma vida interior que precisa ser nutrida de atividades saudáveis. Nesse caso, são ações laborais e sociais que lhe proporcionem sensação de pertencimento à comunidade, empresa e sociedade.
“Espiritualidade nas organizações é falar de pertencimento ao grupo de trabalho e do significado das atividades como propósito de vida a cada indivíduo. Portanto, é de fundamental importância que os gestores se movimentem no sentido de verificar e estimular esses sentimentos de que pertence à organização, bem como o significado do trabalho como propósito de vida”, explica a doutora em administração Jaqueline Rosa.
Para a administradora, as empresas devem estimular a prática, uma vez que ela influencia o aumento da produtividade, satisfação, bem estar e comprometimento organizacional. Também conecta os valores individuais aos organizacionais e prognostica as performances, tanto pessoal quanto da empresa.
Benefícios:
1. Mais engajamento da equipe de trabalho;
2. Sintonia entre valores pessoais e os da empresa;
3. Aumento da saúde, satisfação e de bem-estar no trabalho;
4. Sentimento de utilidade à sociedade;
5. Desperta sentimento de valorização do colaborador;
Valores
Para o doutor em administração Claudio Senna, a espiritualidade organizacional é uma transformação vivencial, na qual é possível utilizar a meditação focada em elementos da espiritualidade como ferramenta para o autodesenvolvimento. O propósito, segundo ele, é voltar-se aos objetivos das organizações e dos colaboradores, de forma mais humana, por meio de atividades que incluam as práticas da gratidão, altruísmo (bondade, empatia e compaixão), amor e humildade.
Senna, que também é educador organizacional, explica que tais conceitos precisam ser compreendidos e assimilados para gerar efeitos práticos nas vidas pessoal e profissional. Como exemplo, o altruísmo se conecta com a bondade e está relacionado à empatia e à compaixão — esse último consiste em estar pronto para atender alguém, ouvir seu sofrimento ou apenas sentar ao seu lado e apoiá-lo silenciosamente—, já a humildade está relacionada com a temperança e ajuda a gerenciar hábitos e a evitar excessos.
“Na perspectiva da espiritualidade organizacional, a humildade envolve autoavaliação, o reconhecimento das próprias limitações e a manutenção de ações em ampla perspectiva — não somente com o foco em si mesmo. As pessoas humildes não distorcem as informações para defender ou verificar sua própria imagem e não precisam se ver ou se apresentar como melhores do que realmente são”, esclarece.
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Por Leon Santos
Assessoria de Comunicação CFA