Do futebol ao atual cenário econômico, saiba o que pensa um dos administradores brasileiros com maior destaque na área de gestão esportiva
O entrevistado da RBA 149, Jorge Avancini, tem bagagem profissional de peso, com atuação em segmentos como merchandising, vendas e distribuição e ativação de produtos. Mas foi na área de Gestão Esportiva que ele se tornou conhecido nacionalmente, por ter trabalhado como diretor em clubes como Internacional (RS) e Bahia, ambos de futebol.
Entre suas realizações ganha destaque a direção do projeto ‘Cem anos, 100 mil sócios’ (no Internacional, de Porto Alegre), responsável por conectar milhares de torcedores colorados a seu time de coração. Como diretor de mercado do Bahia, ele foi responsável pelas áreas de licenciamento, franquias, patrocínios e publicidade.
Avancini trabalha atualmente como consultor de marketing, em sua própria empresa, e é presidente do Sindicato dos Administradores do Rio Grande do Sul. Na entrevista a seguir, ele fala das áreas em que atuou, com destaque para a área esportiva e também sobre mercado, formação e a situação econômica do país.
Segunda parte da entrevista (abaixo)
A crise econômica e o desemprego no país fez com que muitas pessoas se aventurassem no empreendedorismo, porém muitas acabaram falindo. O que uma pessoa deve fazer para ter sucesso no empreendedorismo, em geral, em qualquer segmento?
O brasileiro tem um espírito empreendedor e sonha em ser seu próprio patrão. Infelizmente, muitos não têm experiência e conhecimento suficiente para realizar essa jornada e acabam ficando pelo caminho. Claro que tivemos a pandemia, que fez muita gente boa não resistir e ter que encerrar suas atividades, o que é muito triste. Para aqueles que querem empreender, antes de sair fazendo procurem se informar, pesquisar, ouvir e buscar conselhos de quem tem experiência e já passou por isso. Procure o Sebrae, os sindicatos e outras instituições que podem ajudar nesse sentido. Hoje, até no Youtube e nas redes você pode tirar suas dúvidas antes de arriscar suas economias na hora de empreender.
Um administrador costuma ter muitas ideias sobre como resolver um problema. Em ano de eleição, e olhando para o Brasil como um todo, se você fosse um político e tivesse o poder de resolver problemas estruturais do país, por onde você começaria? Em que área e como?
Essa é a pergunta de um milhão de dólares (risos). Se eu tivesse todas essas respostas e a capacidade de atacar a todas (áreas), poderia ajudar ainda mais a melhoraria do nosso país. Temos questões estruturais que trazemos desde o nosso descobrimento, são questões culturais, além da desigualdade social no Brasil que é abissal. A classe média vem sendo achatada ano após ano, os investimentos básicos em saúde, educação, segurança e infraestrutura não acontecem de forma adequada. São tantas coisas a serem atacadas que acredito que precisamos de no mínimo umas duas gerações para começarmos a sentir as mudanças — com gestores qualificados e focados na solução destes diversos problemas. É muito difícil, mas não é impossível.
Clique, aqui, e leia a primeira parte da entrevista
Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA