Uma pesquisa realizada pelo Nube – Estagiários e Aprendizes perguntou aos jovens qual o interesse deles em ter o próprio negócio. Dos 3.728 entrevistados que responderam a pergunta, 45,14% disseram que sonham em ter uma empresa e ser independente. Esse total corresponde a 1.683 votos.
Já 33,26% estão indecisos, investindo talvez no futuro, o que equivale a 1.240 dos participantes. Teve, também, a preferência por estabilidade e segurança, totalizando 17,17% dos jovens.
É preciso entender que empreendimento é algo que leva tempo, 2,41% tem a impressão de que empreender resultaria em um ganho maior e carga horária reduzida. Hugo Domenech, analista de treinamento e desenvolvimento da Nube, diz que o objetivo almejado por esses jovens só é atingido após um período, isto é, ao abrir uma empresa, o dono assume várias funções, antes de conseguir fixar o novo negócio.
Há o medo de fracassar devido aos desafios enfrentados pelos empreendedores, em que é preciso equilibrar a vida pessoal com o lado profissional. Domenech, ainda, afirma que é preciso ser prudente e investir recursos, tempo, entre outros, de forma a não prejudicar as finanças ou demandas do cotidiano do empreendedor, alertando dos riscos de todo início. Segundo ele, provavelmente não haverá retornos suficientes para substituir uma ocupação formal.
“Este período é indispensável para entender os impasses e adquirir experiência prática. Com o tempo, você poderá considerar a transição para dedicar-se integralmente”, destaca Domenech.
O resultado da pesquisa é considerado surpreendente pelo contraste do desemprego e o aumento desse mercado. Segundo o Sebrae, houve uma melhora de 9%. De acordo com os dados da pesquisa, é possível ter uma expectativa positiva do setor, com os jovens investindo em empreendimentos desde agora até no futuro.
Ana Clara de Lima
Estagiária de jornalismo, sob supervisão.
Assessoria de Comunicação CFA