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Empreendedorismo feminino é destaque no segundo dia do Enbra

Na primeira palestra do dia 26/06, no auditório 2, houve palestra sobre o protagonismo feminino na administração. A administradora e coordenadora do programa ADM Mulher do CFA, Rita Maria Silveira da Silva foi a mediadora do evento, e os painelistas a doutora em administração e reitora da Universidade da Amazônia (Unama) Maria Betânia Fidalgo e o professor-doutor em desenvolvimento urbano João Claudio Arroyo.

Segundo Rita, apenas no Sistema CFA/CRAs são mais de 450 mil registrados, sendo 43% de mulheres. Ela destacou a importância de os homens trabalharem juntos com as mulheres para equilibrarem essa representatividade no mercado de trabalho e nos cargos diretivos e de gestão pela meritocracia.

“Temos aqui dois grandes nomes que nos ajudarão entender o quadro sobre como está a representatividade da administração no Brasil. Ressalto aqui que a ideia não é rivalizar, mas trabalhar juntos com os homens por um mercado mais igualitário e justo”, disse.

Em sua fala, a professora Betânia agradeceu o convite para participar do Enbra em comemoração aos 60 anos da administração. Em seguida, destacou que é preciso trazer o empreendedorismo feminino à tona para mostrar à sociedade o que tem sido feito para seu avanço.

“Espero que um dia possamos falar apenas em empreendedorismo sem fazer essa distinção ao feminino, por que já estaremos dentro desse processo fazendo com que isso seja normal. Ou seja, mulheres e homens trabalhando em prol do empreendedorismo e não pelo empreendedorismo masculino ou feminino”, pontuou.

Segundo Betânia, o empreendedorismo feminino tem se consolidado como uma força vital na economia brasileira. O Brasil alcançou a marca de 10,3 milhões de mulheres à frente de negócios, representando 34,4% dos empreendedores do país.

No Estado do Pará a taxa de empreendedorismo entre mulheres é de 13,5% da população feminina em idade ativa. É a segunda mais alta do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina.

“Dados da Junta Comercial do Estado Pará (Jucepa) mostram que mulheres estão à frente ainda de mais de 38% dos negócios no estado. O número de empresas lideradas por mulheres cresceu significativamente nos últimos anos, com aumento de 37,66%, por isso devemos incentivar essa predisposição, pois quem ganha com isso é a sociedade e não apenas um gênero, quer seja masculino ou feminino”, pontou.

Complementar

Na sequência, João Claudio Arroyo destacou a importância de os homens aderirem às causas das mulheres em prol de um mercado mais diverso e complementar. Citou referenciais históricos para mostrar que, desde os primórdios, as mulheres foram imprescindíveis pelo desenvolvimento da agricultura e das sociedades em geral.

“Precisamos trabalhar essa complementaridade de maneira mais inteligente e horizontal. Esse é o desafio de corrigir essa concentração, pois cerca de 1% do mundo tem a concentração das maiores riquezas da terra, e isso se aplica também aos gêneros”, disse Arroyo.

Segundo o professor, é preciso distinguir solidariedade de caridade. Sendo o primeiro termo derivado da palavra sólido, sendo, portanto, ação de desenvolver em conjunto, neste caso em sociedade ou entre gêneros.

Ao final apresentaram vídeo sobre o projeto Andorinhas, desenvolvido na Unama. O projeto visa o desenvolvimento do empreendedorismo feminino por meio da invenção de novos produtos.

“Vender Avon ou abrir uma franquia não é empreendedorismo sob o meu ponto de vista. Empreender é você desenvolver algo novo e ter a liberdade para escolher novos caminhos dentro de seus próprios negócios”, finalizou.

Da Assessoria de Comunicação – CFA