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Editorial Mauro Kreuz – RBA 144 | “O poder da transformação intelectual”

Na atual edição da RBA, como de costume, serão abordadas questões técnicas da administração, tais como Gestão Pública e a Nova Lei de Licitações. No primeiro item, está em pauta seu funcionamento, as práticas a ela atreladas, a necessidade de conhecimentos em administração e a legislação que a rege.

Já sobre a nova lei de licitação, além de explicar o que mudou em relação à antiga Lei 8.666/1993, especialistas falam sobre como o novo marco legal poderá impulsionar a nova reforma administrativa em órgãos públicos. O fortalecimento das contratações e a profissionalização daqueles que ocupam cargos de decisão são alguns dos benefícios.

Outro item presente nesta edição é a Liderança Feminina, com destaque para a maneira com que elas regem seus trabalhos e para os benefícios, medidos em pesquisa, para tal característica de administração. Por outro lado, quem nunca ouviu falar no Método Last, criado pelo grupo norte-americano ‘Walt Disney Company’, precisa conhecer o modelo que, embora pouco divulgado, é uma importante ferramenta de gestão para melhorar processos e a qualidade de serviços no quesito atendimento e fidelização.

Não menos importante, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), já em vigor e plenitude, mostra a importância de as empresas a conhecerem, bem como suas implicações, tais como as multas que podem custar até 2% do faturamento e chegar até R$ 50 milhões. A LGPD proporciona benefícios como o desenvolvimento econômico e tecnológico e a customização de serviços entregues aos consumidores.

Sem deixar de lado sua função educacional e social, a RBA traz, ainda, os principais fenômenos da sociedade e do mercado de trabalho. Um deles é o Home Office, com as já conhecidas vantagens, transformações ao longo do último ano, e também suas desvantagens que foram encontradas em sua aplicação durante a pandemia.

Na mesma esteira, a disseminação do Anywhere Office trouxe implicações econômicas e jurídicas às empresas e funcionários, uma realidade que deve ser compreendida por ambas as partes. Fatores como a quantidade de horas trabalhadas, tipos de canais de interação entre empresa e empregado, treinamentos, direitos trabalhistas e assuntos relacionados à contratação de funcionários que moram no exterior ou mesmo de estrangeiros que vivem em seus países de origem são contempladas na matéria.

Tendências

Novos modelos de trabalho, com ênfase no sistema híbrido (exercido parte presencial e parte remoto), também são objeto de análise de especialistas que explicam por que o sistema é o mais adequado e quais benefícios ele pode gerar às organizações. Além disso, tópicos relacionados à terceirização de mão de obra para reduzir o pagamento de impostos também é objeto de análise dos entrevistados que dissertam sobre o novo modelo encontrado pelas empresas para reduzir sua carga de despesas trabalhistas.

Alvo das disrupções mais recentes, o tema ‘novos perfis profissionais’ é também assunto de matéria e de discussão, sob o prisma de que hoje não apenas as empresas escolhem seus funcionários, mas também os colaboradores decidem onde querem trabalhar. Desse modo, fica evidente que é preciso conhecer quem são, e como agem, os homesteaders, office dwellers e os coffee shop travelers.

As empresas que não compreenderem o perfil social dos novos trabalhadores, forjados durante a pandemia, estão fadadas a perderem mão de obra qualificada para outras organizações e até mesmo sua competitividade. Respeitar as aptidões e preferências por determinados modelos de trabalho está em alta e pode definir o sucesso ou fracasso das organizações.

Os conceitos de “Vuca” e “Bani” também estão presentes nesta edição e representam um passeio conceitual e histórico pelas revoluções industriais, além de nos ajudar a compreender os desafios que serão enfrentados pelas empresas nos próximos anos. Diante de tais complexidades, investir em requalificação, em Low Touch Economy ou mesmo na multiplicidade de cenários, sem perder as metas principais, podem ser caminhos aconselháveis e (por que não?) mais viáveis.

Por fim, a necessidade de autodesenvolvimento e de compreensão do mundo são as principais mensagens deixadas, aqui, nesta edição, aos que desejam prosperar em todos os campos — desafio este que requer muita leitura e dedicação aos estudos e ao trabalho. Só assim é possível ter um lugar de destaque, e de merecimento, na mesa daqueles que alcançaram o sucesso e usufruem o melhor que o mundo tem hoje a nos oferecer.

Mauro Kreuz, administrador e presidente do CFA.

Leia esse e outros assuntos na Revista Brasileira de Administração (RBA), ed. 144.