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Curso de bacharelado em Administração tem novas DCNs

Após um amplo estudo, a comissão do Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação (CNE/MEC) chegou a um consenso  sobre as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de bacharelado em Administração. O Conselho Federal de Administração (CFA) e Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad) também fizeram parte da comissão. Ambas entidades acompanharam e participaram ativamente do processo de aprimoramento da Resolução CNE/CES n.º 4/2005. A comissão encaminhará as DCNs para a validação do CNE.

A reunião que selou o alinhamento das novas orientações aconteceu no início da tarde da última segunda-feira, 6 de julho. A comissão foi presidida pelo presidente da Câmara de Educação Superior do CNE, professor Antonio Araujo Freitas Junior. O relator foi o conselheiro do CNE, Antônio Carbonari Netto. Além disso, o trabalho teve a contribuição dos também conselheiros, Marco Antonio Marques e Sergio de Almeida Bruni.

Para apoiar o CNE nessa missão, o presidente do CFA, Mauro Kreuz, constituiu a Comissão Especial para Análise das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Bacharelado em Administração. O grupo é coordenado pela diretora de Formação Profissional da autarquia, Cláudia Stadtlober. Ele é composto, ainda, pela presidente do CRA-BA, Tânia Maria da Cunha Dias; pelo presidente do CRA-MA, José Samuel de Miranda Melo Júnior; pelo presidente do CRA-PR, Sergio Pereira Lobo; pelo presidente do CRA-DF, Udenir de Oliveira Silva; e pelo presidente do CRA-RJ, Wallace de Souza Vieira.

Cláudia achou importante a construção coletiva, mas lembrou: “temos uma estrada ainda bastante longa para melhorar cada vez mais o nosso curso”. Segundo a diretora, as DCNs eram de 2005 e precisavam de uma atualização. “Tivemos muitas mudanças do ponto de vista tecnológico, de mercado e de pensar o próprio futuro da profissão. Por isso, elas necessitavam de ajustes”, disse.

Entre os destaques da nova DCN estão a formação por competências e a prática profissional obrigatória, a fim de promover o alinhamento da teoria com a realidade laboral do futuro administrador. As Instituições de Ensino Superior (IES) terão três anos para se adaptarem às novas regras, a contar da publicação da DCN. “A expectativa do Sistema CFA/CRAs é elaborar um material dos conselhos, com as novas diretrizes, com o objetivo de orientar essas IES e ajudá-las a se readequarem para este futuro que a gente quer para os cursos de administração”, explicou a conselheira do CFA.

Depois de aprovarem o texto da nova DCN, o professor Freitas ressaltou a importância de o CFA e a Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad) promoverem seminários e encontros com as instituições de ensino com o objetivo de divulgar os novos parâmetros dos cursos de Administração. “Eles precisam conhecer e entender, pois papel é letra morta”, disse.

Ele ressaltou, ainda, que o Brasil tem um dos piores índices de educação do mundo e que é preciso trabalhar para garantir esse direito, que “é de todos e dever do Estado”. O professor Freitas lembrou que é importante, também, um esforço para evitar a evasão, o abandono e a inadimplência. “Se os jovens não tiverem bons níveis de educação do ponto de vista tecnológico, nosso futuro estará comprometido e teremos um país atrasado”, defendeu.

Ana Graciele Gonçalves

Assessoria de Comunicação CFA