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Combate à corrupção: “um desafio urgente no Brasil”

Esse é o pensamento de 36% dos brasileiros entrevistados em levantamento recente do Ipec. A percepção social a respeito da capilaridade da corrupção ficou concentrada, na maior parte, nas instituições de poder e grandes corporações. O problema é a segunda maior preocupação da população perde apenas para o desemprego.

Diante desse contexto, na data em que é celebrado o Dia Internacional Contra a Corrupção, 9 de dezembro, o presidente do Conselho Federal de Administração (CFA), Adm. Mauro Kreuz, enaltece a iniciativa do CFA como o primeiro Conselho de Fiscalização Profissional a oficializar um Plano de Integridade e Compliance em sua estrutura administrativa.

“O intuito é o de preservar uma gestão transparente e sempre íntegra em todo o sistema CFA/CRAs”, ressalta Kreuz, para quem o ponto positivo de se ter um programa como esse é o de blindar as gestões pelo viés da integridade, da transparência, da ética e da moralidade.

“Não deveríamos mais ter esse tipo de anomalia no tecido social mas, infelizmente, temos. Espero que, de fato, a sociedade possa evoluir culturalmente. Sim, o problema está no escopo cultural da sociedade brasileira e nós precisamos envidar todos os esforços para erradicar essa anomalia, porque ela é, sob todos os aspectos, prejudicial e nociva à sociedade brasileira”, reforça o presidente do CFA.

Para Kreuz, a construção de uma solução à corrupção é improrrogável. Segundo ele, desconstruir a sensação pública de desmoralização das instituições requer o esforço de todos para ser erradicada. A boa gestão é o primeiro passo.

“Devemos ter, portanto, um instrumento que permita com que as Gestões para a Sociedade tenham essa garantia de integridade, transparência e ética na aplicação dos recursos públicos, para que a sociedade, que é o grande beneficiário, possa se sentir absolutamente segura a respeito do uso desses valores”, explica.

Compromisso de todos

Os danos provocados pela corrupção afetam setores essenciais como saúde, educação e segurança pública. Práticas de conluio, fraude e obstrução também dificultam a destinação de verbas para a proteção ao meio ambiente, como aponta estudo inédito da Transparência Internacional-Brasil. Por isso, o combate deve ser a nível nacional e internacional, e de modo transversal.

Integridade pública é medida recomendada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Representa ação de responsabilidade, que viabiliza a concretização das metas da Agenda 2030 da ONU.

No âmbito da autarquia federal, o Programa de Integridade está formalizado por meio da Resolução Normativa nº 619/2022. A iniciativa reforça o compromisso de combate à corrupção assumido por todo o Sistema CFA/CRAs na condução de suas atividades com base nos princípios éticos e morais a fim de prevenir quaisquer desvios.

A estruturação foi elaborada pela Comissão do Programa de Integridade e Compliance. O CFA e os Conselhos Regionais irão designar suas respectivas Unidades de Gestão, responsáveis pela execução e monitoramento em cada localidade.

O objetivo do Plano é reforçar as diretrizes que asseguram a atuação técnica da autarquia e, assim, garantir a manutenção e a segurança nas atividades típicas do Sistema.

 

Patrícia Portales
Assessoria de Comunicação do CFA.