O mundo inteiro sofre com desastres de todos os tipos. Sejam eles de ordem natural ou não, o fato é que o crescimento acelerado da população urbana e as mudanças climáticas estão deixando as cidades cada vez mais vulneráveis a esse tipo de intercorrência. Evitar ou estar preparado para a situação é possível por meio de políticas direcionadas para este fim. Assim surge o conceito de cidades resilientes.
Para se ter ideia da importância do assunto, em 2010, a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres, lançou internacionalmente a campanha “Construindo Cidades Resilientes”. Em 2015, o Brasil foi apontado pela ONU como o país que mais aderiu à iniciativa. Cerca de 280 municípios criaram campanhas e elaboraram documentos com estratégias de resiliência para as próximas décadas.
Naquele mesmo ano, o Brasil sofreu com o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais. A catástrofe resultou em 19 vítimas fatais, a contaminação do rio Doce e, até o momento, os culpados ainda não foram punidos com rigor correspondente.
A morosidade em adotar atitudes mais assertivas e eficazes – estão parados na Câmara Federal e no Senado cinco projetos de lei e a reformulação da Política de Segurança de Barragens – tornaram o Brasil reincidente em desastres com barragens. O recente caso de Brumadinho, também em Minas Gerais, comprova que o país precisa percorrer um longo caminho para estar, de fato, preparado para possíveis desastres e os impactos das mudanças climáticas.
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