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CFA-Gesae pode ajudar RJ a superar crise hídrica

Ferramenta criada pelo CFA oferece aos estados e municípios um sistema de governança e planejamento estratégico de serviços públicos de água e esgoto 

Em pleno verão, a cidade do Rio de Janeiro-RJ vive uma das piores crises hídricas da sua história. Segundo moradores da região metropolitana da capital fluminense, nos últimos dias a água chegou às casas com gosto de terra, forte cheiro e com turbidez. De acordo com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), a geosmina, substância produzida por algas, foi o que causou o problema. 

Especialistas apontam que a proliferação das algas se dá por fatores como calor e despejo irregular de esgoto. Isso reforça um problema persistente no país: o acesso à coleta e ao tratamento de esgoto inexiste para 100 milhões de brasileiros. 

Falta de gestão profissional 

Para o Conselho Federal de Administração (CFA), problemas como estes são frutos da má ingerência do setor. Pensando em auxiliar os gestores públicos na árdua tarefa de melhorar os índices na área de água e saneamento, a autarquia criou o Sistema CFA de Governança, Planejamento e Gestão Estratégica de Serviços Municipais de Água e Esgotos, o CFA-Gesae. A ferramenta visa oferecer aos municípios um sistema de governança e planejamento estratégico de serviços públicos de água e esgoto. 

De acordo com dados do CFA-Gesae, o estado do Rio de Janeiro possui o maior consumo médio per capita de água: são 254 litros consumidos, por dia, por habitante. Justo na cidade onde o consumo é mais elevado, surgiram as queixas da população quanto à possibilidade de contaminação da água. 

Segundo a diretora de Estudos e Projetos Estratégicos do CFA, Gracita Barbosa, é possível que o problema esteja no esgoto. “O ‘Índice de Tratamento dos Esgotos Gerados’ no estado é de 40%. Ou seja, a maior parte ainda não é tratada”, explica a conselheira federal citando dados do CFA-Gesae. 

Qualidade da água 

O CFA-Gesae mostra que, a água fornecida pela Cedae, apresentou o percentual de 7,95% no índice de “Incidência das Análises de Coliformes Totais fora do padrão”, um pouco acima da média nacional que é de 2,14%. 

Quanto à “Incidência das análises de turbidez fora do padrão”, o percentual foi de 10,92%, ficando abaixo da média Brasil de 11,06%. 

Ferramenta à disposição dos gestores 

O CFA-Gesae auxilia na avaliação da gestão do saneamento municipal sob diversos aspectos. Ele possui dez áreas-chave e setenta indicadores. Por meio desses indicadores, é possível avaliar a gestão de forma detalhada. Entre os indicadores do Sistema, podemos citar: Tarifa média praticada, Despesa de Exploração por m³ Faturado, Despesa de Pessoal por m³, Despesa de Serviços de terceiros por m³, Índice de Coleta de Esgoto, Índice de Tratamento de Esgoto e Índice de Perdas por Ligação. 

A ferramenta traz dados dos mais de 5 mil municípios e dos estados brasileiros. Com os índices fornecidos pelo CFA-Gesae, os gestores podem repensar suas políticas públicas na área de água e saneamento. 

As prefeituras de Nova Alvorada do Sul-MS, Palmas-TO, Porto Seguro-BA, e Itabirito-MG já celebraram acordo de cooperação técnica com o CFA para usar o CFA-Gesae na gestão de água e saneamento. Para a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, a parceria com o CFA trouxe “ganhos imensuráveis” para a capital mais jovem do país. “O fato de trazermos a plataforma do CFA-Gesae para a nossa gestão nos possibilitou sentar com a concessionária da cidade, a BRK ambiental, para confrontar os dados que ela nos repassava. Isso foi um grande divisor de águas para a nossa administração”, disse a prefeita. 

Além dos gestores, a ferramenta está disponível para qualquer pessoa. A proposta é estimular a participação mais efetiva da população. Ao acompanhar anualmente esses indicadores, o cidadão pode saber se os recursos estão sendo aplicados da forma correta e se eles estão melhorando a qualidades dos índices. 

Acesse o site www.gesae.org.br com “login: publico” e “senha: publico” e conheça as novidades da ferramenta.

 

 

Assessoria de Comunicação CFA