Com o objetivo de discutir a implantação do novo o Plano de Cargos e Remuneração (PCR) da Petrobras, representantes dos Conselhos Federal e Regional de Administração do Rio de Janeiro (CFA e CRA-RJ, respectivamente) se reuniram na segunda plenária do PCR, realizada na última sexta-feira (17), pelo sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ).
Na ocasião, foi assinado um documento a ser entregue à direção da Petrobras.
“A Administração é uma profissão bem dinâmica, não tem resistência às mudanças e às inovações do mercado de trabalho, mas precisamos dar a devida atenção aos marcos legais, existentes em todas as profissões. Queremos entender quais são as alternativas”, ressaltou o superintendente do Conselho Regional do Rio, Leonardo Fuerth.
A grande crítica das representações de classes presentes é a falta de diálogo durante a elaboração do plano, que avaliam ter por objetivo facilitar a realocação de empregados entre as diversas unidades da empresa.
De fato, um dos objetivos apresentados pela estatal é permitir grande mobilidade de profissionais, facilitando sua alocação em diferentes áreas. A ideia, nesse caso, é aproveitar pessoal que ficará sem função após à venda de ativos em outras operações.
O plano reduz o número de carreiras específicas dentro da empresa, permitindo que empregados sejam transferidos para funções próximas às que ocupam. Atualmente, são 166 cargos na estrutura da empresa. Outro objetivo do Plano é inserir a meritocracia como avaliação para promover empregados, além do tempo de serviço.
“Todas as regulamentações das profissões serão liquidadas com a criação do propalado cargo amplo. Uma coisa é o cargo de administrador, engenheiro, médico e economista; outra questão é o ‘analista de qualquer coisa’. Essa iniciativa abre brechas para os profissionais sem qualificação adequada”, frisou o presidente do Conselho Federal de Administração, Wagner Siqueira.
Também estiveram presentes, o presidente do CRA-RJ, Leocir Dal Pai; Eduardo Soares, petroleiro integrante do Grupo de Trabalho – PCR; Ademar Arrais, representante da OAB-RJ, presidente da Comissão de Advogados de Estatais e diretor do Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro; Jussara Ferreira, diretora do Conselho Regional de Serviço Social do Rio de Janeiro, também membro da Comissão de Orientação e Fiscalização e Antônio Martins, petroleiro aposentado. Os trabalhos foram coordenados pelo diretor do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros, Luiz Mário Nogueira Dias.