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Brasil em chamas: enquanto as queimadas avançam, iniciativas de reflorestamento ganham força

De acordo com os dados do projeto MapBiomas Brasil, durante o mês de agosto cerca de 5,65 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo. Um aumento de 149% nas queimadas, em comparação ao ano passado. A soma total das áreas atingidas desde janeiro até agosto equivalem a 11,39 milhões de hectares por todo o território brasileiro.

Apesar desse cenário e da seca que assola o país, existem empresas que buscam praticar o reflorestamento como a Regen Eco. A organização tem como missão reduzir o tempo de construção de florestas, para que seja possível regenerar ecossistemas, e já recuperou mais de 320 hectares e plantou 540 mil árvores no Brasil, respectivamente.

O fundador da Regen Eco, empresário Luís Klöppel, explica de uma das formas de prevenção feitas nas áreas de reflorestamento onde a empresa atua é o controle de plantas rasteiras. Com mais de 40 áreas em restauração florestal, a corporação também age em acordo com os produtores rurais que possuem áreas de preservação permanente (APP) desmatada, ou reservas legais, e por lei deveriam recuperar essas terras.

“A gente traz o dinheiro da iniciativa privada, recupera a floresta na área do produtor rural e com isso a gente combate principalmente a falta de água das cidades. Essas áreas dos produtores rurais de APP têm nascentes que vão produzir mais água para as cidades e também para a própria propriedade”, explica Klöppel.

O membro de Sustentabilidade do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro, Adm. Bruno Rodrigues, falou sobre a importância do reflorestamento como questão de equilíbrio ecossistêmico. Ele ainda diz que as ações de empresas que investem em restauração florestal se fazem cruciais por ajudar no processo de retirada de gás carbônico (CO2) da atmosfera, o chamado sequestro de carbono, para liberar oxigênio no processo de fotossíntese.

“A gente vem perdendo muitas áreas em decorrência das queimadas, principalmente nesse cinturão que vem da região Norte e Centro-Oeste, chegando até o Sudeste e Sul, em que temos grandes áreas de florestas sendo completamente destruídas, com um sério risco de não ter mais a recuperação de determinadas áreas. A gente acaba criando consequências que são irreversíveis”, encerrou Rodrigues.

De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 99% dos incêndios que ocorrem no Brasil são de causa humana e o 1% sendo originado por meios naturais como raios.

Sacha Bourdette
Repórter Rádio ADM

Ana Clara de Lima
Estagiária de jornalismo, sob supervisão.

Assessoria de Comunicação CFA