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Administrador público precisa promover o bem comum

Liderança é um dos assuntos mais recorrentes na área de gestão, seja nos bancos acadêmicos, seja em publicações especializadas sobre carreira e negócios. Entretanto, trata-se de um tema muito restrito à área privada. No setor público, o tema acaba relegado a segundo plano por conta de algumas particularidades. O que impede, afinal, o executivo público de mergulhar nas mesmas águas e aproveitar os avanços que já são visíveis na área privada?

Esse foi um dos questionamentos da palestra “Liderança e espírito público – as virtudes republicanas” apresentada pelo diretor Internacional da Fundação Getulio Vargas e presidente da International Association of Schools and Institutes of Administration, Bianor Cavalcanti, no segundo dia do Fórum CFA de Gestão Pública. A palestra foi mediada pelo presidente do CRA-AM, Inácio Guedes Borges.

Bianor explica que a liderança é um conjunto de atributos e cada pessoa pode ter ou desenvolver uma delas. Ele lembrou que, na década de 1950, um líder precisava apresentar inteligência, autoconfiança, determinação, integridade, flexibilidade, sociabilidade e maturidade emocional. Mas são apenas alguns aspectos, já que o perfil do líder mudou com o passar dos anos.

Na gestão pública, o administrador público, em todos os níveis, precisa ter em mente o interesse público. Então, liderar nessa área envolve mais uma competência: atender ao interesse público. A liderança no setor público, segundo ele, precisa prover os resultados requeridos pelos processos autorizados de maneira eficiente, efetiva e legal. É preciso desenvolver e apoiar, ainda, os seguidores que provem esses resultados para alinhar a organização com a sua ambiência.

Entretanto, há muitos fatores que afetam a liderança na administração pública. Baixo nível de controle das forças atuantes, como burocracia e questões políticas, é um deles. Mas o palestrante cita, ainda, questões como requisitos de moralidade e integridade, processos complexos de planejamento, programação e orçamento, entre outros.

Por fim, Bianor ressalta que o líder não é “candidato a miss simpatia”. “Ele precisa ser uma pessoa capaz de articular, tendo em vista sempre o valor de interesse público. Outro ponto crucial é a capacidade de coordenação que, ao meu ver, é a função mais difícil, é uma coisa do capeta”, explicou.

Com o tema “Estratégias transformadoras nas relações entre sociedade e o Estado”, o Fórum reúne especialistas renomados para discutir temas ligados à gestão pública. O evento vai até 8 de junho e as inscrições estão esgotadas. Acompanhe o evento na íntegra pelo CFAPlay. Todo o Fórum é transmitido, ao vivo, por meio da TV e do Facebook do CFA. Confira em www.cfaplay.org.br e www.facebook.com/cfaadm. Use a hashtag #Fogesp2018 nas redes sociais e faça parte deste evento.

Assessoria de Comunicação CFA