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A evolução da gestão pública: tendências e melhores práticas

“Desmistificando a Gestão Pública: Conhecendo seu Significado e Importância” foi uma das palestras que abriu o segundo dia do XXVIII Encontro Brasileiro de Administração (Enbra). O assunto foi abordado pela diretora do FDC Gestão Pública da Fundação Dom Cabral, Patrícia Becker.

 

De acordo com a palestrante,  a gestão pública refere-se à maneira como os recursos públicos são planejados, alocados, administrados e supervisionados para atender às necessidades da sociedade e alcançar os objetivos do governo. Segundo ela, isso inclui a gestão de pessoal, finanças públicas, políticas públicas, infraestrutura e muito mais.

Patrícia trouxe, ainda, uma reflexão sobre o pacto federativo. Para tal, ela mostrou alguns direcionamentos legais que estão presentes da Constituição Federal de 1988 e ressaltou que a proposta do pacto é promover um equilíbrio na distribuição das receitas da União entre os entes subnacionais com implicações relevantes na busca da autonomia dos entes federados.

“A gente tem um movimento cada vez maior para trazer atribuições para o município, mas isso não vem, necessariamente, com recurso. Ou seja, é um desafio”, explicou Patrícia, ressaltando que pensar esse federalismo é importante para saber se o governo está, de fato, estamos, atendendo quem está na ponta.

Depois, ela apresentou cases de sucesso da Fundação Dom Cabral. A instituição tem trabalhado em várias frentes ligadas à gestão pública: transição de governo, gestão de pessoas, dados e evidências, diversidade, ESG, gestão de desempenho, inclusão social, transformação digital, inovação, economia verde e liderança.

Com relação a transição, Patrícia comentou que, atualmente, há uma tendência a descontinuidade das políticas públicas criadas pela gestão anterior. A situação, infelizmente, afeta as entregas à população.

Ela também mostrou como foi construído o projeto de modernidade do modelo de gestão estratégica para o estado do Mato Grosso. Segundo Patrícia, escrever o planejamento é fácil. “Tirar do papel é que o bicho pega. Então, temos que ter estratégias efetivas para executar o planejamento”, detalhou.

A Fundação Dom Cabral também trabalhou no planejamento estratégico da prefeitura de Congonhas. A palestrante apresentou, ainda, exemplos de gestão pública de outros países como Singapura que, de acordo com ela, é um exemplo de planejamento.

Já a Finlândia é considerada o país mais feliz do mundo e isso é fruto do incentivo forte na educação. “São insights que a gente trouxe e precisamos analisar, estudar essas boas práticas”, comentou Patrícia.

Estônia foi outro exemplo de sucesso. O país tem o governo mais digital do mundo. “São coisas simples e que podem nos inspirar aqui no Brasil”, finalizou.

Ao final, ela respondeu as perguntas do público. A mediação foi feita pelo diretor da Câmara de Governança, Integridade e Compliance do Conselho Federal de Administração (CGIC/CFA), Adm. Fábio Macedo.

 

Ana Graciele Gonçalves

Assessoria de Comunicação CFA