Tendência no mercado de trabalho, empresas que não se adequarem a ela correm o risco de perder seus melhores colaboradores para seus concorrentes.
Por Rodrigo Miranda
Com a retomada gradual das atividades presenciais no cenário pós-pandemia, um novo conceito tem se destacado no mercado de trabalho: o “salário emocional”. Neste novo panorama, os trabalhadores têm priorizado valores como bem-estar, satisfação e qualidade de vida, além da tradicional remuneração financeira e benefícios adicionais.
A nova dinâmica social dá mais importância à satisfação, bem-estar e propósito ao ambiente de trabalho. Resquício ou não da época da pandemia, o trabalho remoto e o modelo híbrido permitiram aos funcionários maior flexibilidade e conciliação entre vida pessoal e profissional; com isso, um ambiente de trabalho mais flexível caiu no gosto da população.
Para Claudia Eccel, doutora em administração e professora adjunta da Escola de Administração da UFRGS, a aplicação e conscientização sobre a importância do bem-estar e mudanças do regime de trabalho têm aumentado nos últimos anos. Por esse motivo, segundo ela, é importante conhecer os valores da empresa que está buscando e analisar se estão de acordo com o que está sendo procurado.
“É importante se informar sobre o modo de trabalho, as possibilidades de uso de suas habilidades e conhecimentos e saber como são as práticas de reconhecimento e possibilidades de crescimento. Assim como as empresas contratam aqueles que consideram os melhores candidatos, os profissionais devem ter um olhar crítico e buscar organizações que estejam em sintonia com os seus propósitos de vida e de carreira, os quais não podem ser separados”, alerta.
A opção pelo salário emocional leva em consideração aspectos como: 1) bom ambiente de trabalho; 2) satisfação e propósito no que faz; 3) flexibilidade de tarefas; 4) mobilidade (entre áreas e projetos) e 5) autodesenvolvimento pessoal e profissional.
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