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Comércio local expande vendas e seu poder de influência durante a pandemia

Negócios locais tiveram alta expressiva durante a pandemia, tanto no Brasil quanto no exterior, de acordo com pesquisa realizada pelo Facebook, em parceria com a consultoria Deloitte. Segundo o levantamento, 73% dos entrevistados disseram ter comprado itens em pequenos comércios de bairro, após o início do isolamento social.

Para 48% dos consumidores, a principal razão de escolha foi a preocupação com a sobrevivência dos empreendimentos e com a economia local. As redes sociais também tiveram sua parcela de influência ao ajudar 54% dos consumidores a encontrar produtos e negócios próximos de suas casas.

De acordo com o administrador e mestre em desenvolvimento empresarial, Carlos Alexandre Corrêa, o varejo local ainda tem sido o principal construtor de posicionamento de marcas e produtos. O motivo aconteceria em razão de apresentarem entrega mais ajustada às necessidades do consumidor que, segundo ele, ainda esperam a experiência de gôndola (manuseio do item e explicação do vendedor sobre o produto).

“O varejo local é um ponto chave no canal de distribuição e de construção de marcas. Além de entregar experiência mais ajustada ao consumidor, é também o lugar em que há o maior ponto de coleta de dados e fluxo de informação entre o consumidor e a indústria”, explica Corrêa.

Oportunidades

Os comerciantes brasileiros também parecem ter aproveitado o isolamento para mostrar seus diferenciais e desmistificar a ideia de que os itens são mais caros em pequenos comércios. A lógica é a de que os grandes varejistas, em razão de comprar em volumosas quantidades, conseguem preços mais atrativos e com isso oferecem melhores preços aos consumidores finais.

Segundo o levantamento do Facebook/Deloitte, 67% dos entrevistados disseram que a motivação em comprar no próprio bairro aconteceu em razão de haver melhores ofertas (preços), bem como serviços menos burocráticos e mais rápidos — tanto no processamento quanto na entrega. Os dados também mostraram novo padrão de comportamento ao revelar que 39% estariam dispostos a gastar mais em pequenas empresas locais e a continuar comprando nelas futuramente.

Para a administradora Fabrine Schwanz, o momento é oportuno para agregar valor às pequenas empresas e gerar novos lucros. Ela descreve iniciativas que podem alavancar os negócios, tais como desenvolver programas de fidelidade e divulgar promoções e serviços oferecidos pelo estabelecimento, de forma direta — via redes sociais e Whatsapp dos clientes mais assíduos.

O potencial das redes sociais, segundo Fabrine, ainda é subestimado pela maioria dos pequenos comerciantes. Segundo ela, as estratégias de divulgação e venda devem ser revistas e reformuladas, em razão da influência cada vez maior da internet no consumo dos brasileiros.

“Não há mais como fugir das redes sociais e das estratégias de marketing digital para impulsionar a publicidade dos negócios. A internet democratizou as possibilidades de divulgação, ao propiciar que os pequenas empresas alcancem seus clientes, com baixo custo”, ressaltou.

No quesito preço, ela descreve a tendência de comerciantes se reunirem a fim de realizar compras coletivas (em grandes quantidades) e, com isso, conseguirem menores preços para seus clientes. Desta forma, conseguirão concorrer com grandes varejistas.

“Essa é uma estratégia que tem dado certo em muitas partes do Brasil. Unir esforços e trabalhar a negociação são maneiras eficientes de conseguir comprar melhor e oferecer produtos a preços competitivos”, diz.

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Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA

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