Quem não estava habituado ao ensino a distância está encarando uma nova rotina, que exige organização, disciplina e uma boa dose de persistência
O isolamento social por causa da Covid-19 já passa dos quarenta dias. Governadores e prefeitos estudam medidas para retomar as atividades, mas o relaxamento das medidas adotadas para conter o avanço da doença é questionado por vários setores. Para os estudantes, a volta às aulas presenciais pode levar um pouco mais de tempo.
De acordo com parecer preliminar do Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão normativo ligado ao Ministério da Educação (MEC), a volta à normalidade deve acontecer de forma gradativa. Enquanto isso, escolas e faculdades privadas continuam ofertando aulas a distância para minimizar impactos maiores no calendário letivo.
Quem não estava habituado às rotinas on-line, precisou se adaptar. Mas, nesse cenário de incertezas, nem sempre é fácil manter-se motivado dentro de casa. Como, então, conseguir encarar a rotinas de estudos sem deixar a peteca cair? Para a administradora Rita de Cássia Borges Lima, o isolamento proporciona uma certa liberdade de horários e isso pode ser confundido com férias.
“Mas esse ainda não é o momento! O importante é entender o cenário atual e explorar as novas tendências e oportunidades que estão surgindo no mercado.”, diz coordenadora da Comissão de Marketing do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA-RJ).
Motivação exige rotina e disciplina
Quem tem aulas presenciais necessitou, no início da quarentena, se adaptar às pressas ao ambiente on-line. Rita explica que, para a rotina de estudo em casa dar certo, é preciso muita disciplina, organização e cumprimento de prazos. “Isso de forma prática, significou mudanças na cultura e rotina de professores, estudantes e familiares”, afirma.
Contudo, ela ressalta que nem todos os lares estavam preparados para receber essas novas rotinas. Além disso, tem casas que não dispõem dos pré-requisitos básicos para manter o ensino a distância de forma prolongada: internet com velocidade adequada para atender todos familiares, computadores para todos os membros da casa, ambiente com mobília e luminosidade adequados.
Por isso, passados mais de quarenta dias de isolamento, é natural que muitos alunos anseiem pelo retorno imediato das aulas presenciais, não só pela dificuldade em habituar-se aos estudos a distância, mas também pela socialização proporcionada nas faculdades e escolas.
Segundo Rita, só em 2021, pós-pandemia, será possível mensurar os impactos diretos causados pelo uso ou não dessas atividades educacionais remotas no perfil dos estudantes. “É preciso compreender que novos tempos virão e que as habilidades adquiridas hoje, por estudantes e professores, criarão relações diferenciadas na forma de lecionar e de receber a educação do futuro.”, afirma.
Enquanto isso, a sugestão da administradora é: “Aproveitem o momento para refletir sobre a carreira, traçar novas metas, olhar para o futuro e verificar quais são os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para se lançar nesse novo contexto pós pandemia.”.
Ana Graciele Gonçalves
Assessoria de Comunicação CFA