Evento, realizado pelo CRA-GO em parceria com a AJE Goiânia, trouxe uma reflexão do setor e reunião diversos segmentos ligados a economia goiana
Na noite desta quinta-feira, 23 de maio, o CRA-GO esteve participando do 1º Fórum Sobre o Impacto da Carga Tributária no Empreendedorismo e o Reflexo da Reforma Tributária, evento que fez parte das ações da 17ª edição do Feirão do Imposto, que segue até o dia 25 de maio.
O fórum foi uma realização do CRA-GO em parceria com a AJE Goiânia e teve o presidente Samuel Albernaz, mediando o debate que contou com o presidente da AJE Goiânia, Marcus Siekierski, o Superintendente Executivo de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC) Adonídio Neto, a diretora da Associação Brasileira de Franchising (ABF) no Centro-Oeste, Cláudia Vobeto e o vereador Andrey Azeredo.
O objetivo do evento foi informar a população e os profissionais presentes sobre o valor dos impostos de cada produto/serviço e como a reforma pode auxiliar aquecer a economia e destravar o segmento no País.
A proposta do evento, segundo Samuel, foi exatamente discutir com a sociedade a realidade atual do peso dos tributos no consumo e seus impactos no meio empresarial e no orçamento familiar, já que atualmente o cidadão trabalha cerca de cinco meses do ano para pagar imposto. “Além de provocar discussões, fomentamos soluções para municiar os representantes políticos com os anseios e propostas da comunidade empreendedora para a construção de um futuro mais próspero com um cenário tributário mais eficiente e uma economia cada vez mais forte e aquecida, garantindo um País mais sólido e competitivo”, argumenta.
Para Marcus Siekierski, é importante que a população estabeleça a relação entre imposto cobrado e retorno social. “No Brasil temos uma altíssima carga tributária sobre o consumo e um retorno muito baixo de serviços públicos, dificultando o crescimento da economia e assim a geração de emprego e renda”, esclarece.
Adonídio apresentou o cenário nacional com os principais impostos municipais, estaduais e da união que incidem sobre patrimônio, renda e consumo, e a burocracia da atual situação tributária, que gera uma série de entraves para investimento na economia, além de trazer possíveis pontos que serão aprovados com reforma tributária. “Este tema está efervescente no Brasil, vem novidades por aí”, adianta.
A necessidade de aprofundar do assunto é uma situação defendida por Claudia, já que o setor o qual ela representa, o de franchising, gerou em 2018 uma movimentação considerável, com crescimento nacional de 7,1% do faturamento, responsável por R$ 174,8 bilhões. “A questão central é que na medida que vamos ganhando corpo e forma como oportunidade, o maior desejo é ter franqueado que abra novas unidades. Mas na medida que ele cresce, mais imposto ele paga, sem falar da substituição tributária”, ressalta.
“Trabalhar cinco meses para pagar tributos está errado. A reforma tem no mínimo uma garantia: a manutenção da receita. O que se busca mudar é a base e a forma de arrecadação e a aplicação desse recurso. Isso precisa modificar”, defendeu Andrey, que é especialista em direito tributário, apontando que Goiânia apresentou uma reforma tributária municipal, que está em andamento. “Goiânia já começou a discutir essa questão em razão do código municipal ser ultrapassado, de 1975, com o objetivo de dar simplificação ao contribuinte e ao Fisco, além de trazer segurança jurídica”, antecipa.
Fonte: CRA-GO