O XIX Fórum Internacional de Administração abriu espaço para uma discussão profunda e necessária sobre ética, integridade e responsabilidade social com o painel “Do legal ao legítimo: o espírito da governança ética e social”. Mediado pelo Adm. Fábio Mendes Macedo, diretor da Câmara de Governança Corporativa do CFA (CGC/CFA), o debate reuniu especialistas de diferentes áreas e nacionalidades, proporcionando uma reflexão ampla sobre o papel das organizações na construção de práticas que vão além da conformidade legal — alcançando o campo da legitimidade e da confiança pública.
O jurista Antônio Fonseca, PhD em Direito Econômico pela Universidade de Londres e mestre em Direito e Estado pela Universidade de Brasília, trouxe uma análise consistente sobre os limites da legislação e a urgência de modelos de governança que incorporem valores éticos como parte central da estratégia institucional. Advogado e fundador da D&F Advocacia Empresarial, Fonseca destacou que a sociedade contemporânea exige das organizações mais do que o simples cumprimento de normas: exige coerência, transparência e responsabilidade real com seus públicos.
Representando o Paraguai, o mestre em Administração Wilfrido Lomaquis ampliou a discussão com uma perspectiva latino-americana, ressaltando como práticas éticas fortalecem a reputação das instituições e estimulam ambientes econômicos mais justos, seguros e atrativos para investimentos. Para Lomaquis, governança legítima não é tendência — é condição essencial para a sustentabilidade social e empresarial.
Encerrando o painel, o engenheiro Wagner Giovanini, referência nacional em compliance e autor do livro “Compliance – A Excelência na Prática”, compartilhou experiências sobre os desafios reais enfrentados pelas organizações no desenvolvimento de culturas éticas. Giovanini, que coordena o Comitê Técnico da DSC 10.000 — primeira norma brasileira de certificação em Sistemas de Compliance — e é sócio da Contato Seguro e da Compliance Station Ltda., reforçou a importância de mecanismos efetivos de denúncia, transparência e treinamento contínuo para consolidar práticas legítimas e duradouras.
O painel deixou claro que a governança ética e social é um caminho sem volta. Em um mundo cada vez mais atento à integridade corporativa, o debate promovido pelo XIX FIA reafirma o compromisso da Administração com a construção de instituições confiáveis, protagonistas de uma sociedade mais justa e responsável.
Assessoria de Comunicação CFA
