Mediada pelo vice-presidente do Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul (CRA/MS), Adm. Alex Sandro Richter Won Muhlen (CRA-MS), o painel “Empreender no Agronegócio” abriu os trabalhos do segundo dia do Encontro de Profissionais de Administração da Região Centro-Oeste (ERPA Centro-Oeste), na manhã desta sexta-feira (08/08).
“Dados do governo brasileiro mostram que as exportações do agro somaram R$ 167 bi no ano passado, o que representa quase metade de todas as exportações do país. O agro também emprega aproximadamente 18 milhões de pessoas, que correspondem a mais ou menos 20% de toda a força de trabalho nacional, segundo dados do novo Caged”, revelou o mestre em Produção e Gestão Agroindustrial.
Apesar de todo potencial, a falta de profissionais qualificados no agronegócio preocupa a especialista em gestão do agro Admª. Vanessa Chiamulera. A consultora, que é membro do conselho das Agroligadas e pesquisadora da Nuffield Internacional, acredita que a gestão em propriedades rurais exige mais prática e menos teoria, especialmente quando o assunto é governança corporativa no setor.
“E o que essa governança corporativa traz? Gestão de compras, gestão de insumos, estoques, inúmeras coisas. Então a gente precisa, o G (do ESG) existe para que o ES possa funcionar, mas a gente precisa traduzir isso, participar desse dia a dia do produtor para criar confiança, para que ele consiga entender, nos entender, e que a gente consiga de fato ajudar. A gente precisa educar esses líderes que criaram o campo”, pontuou.
No mesmo sentido, a CEO do Instituto Seiva Brasil, Admª. Gracita Hortência Barbosa, defendeu que governança do agronegócio é para profissionais de Administração. Especialista em ESG e atuante em agendas relacionadas à ONU, ela citou leis que garantem segurança jurídica para transformar ecossistemas em ativos. Além disso, destacou a necessidade de mudanças na matriz energética para transformar o processo de compensação de carbono a fim de neutralizar emissões de gases do efeito estufa.
“As políticas públicas do MS integram produtividade e preservação. Uma meta estadual de alcançar a neutralidade do carbono zero até 2030, falando de Mato Grosso do Sul. E as inovações do empreendedorismo através de ativos ambientais gerados por quem conserva: créditos ecossistêmicos”, ressaltou Gracita.
Segundo a administradora, os créditos ecossistêmicos se referem a tudo o que envolve água, solo, as questões climáticas, o equilíbrio das estações.
“O crédito de carbono é apenas um dos itens dos créditos ambientais”, esclareceu.
Sobre o ERPA
O ERPA Centro-Oeste é promovido pelo Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul e pelo Conselho Federal de Administração, com apoio dos CRAs de Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal. O encontro, que marca o ano do Jubileu de Diamante da Administração, reúne profissionais, acadêmicos e empresários de todo o país em Campo Grande.
Adriana Mesquita
Assessoria de Comunicação CFA
